A Ultrapar (UGPA3) apresentou ao mercado, um lucro líquido de R$ 491 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), representando um aumento de 106% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Comparado ao primeiro trimestre deste ano, o resultado também apresentou um crescimento de 8%, conforme balanço divulgado na noite da quarta-feira (7).
Segundo a Ultrapar, o balanço reflete a continuidade de sólidos resultados operacionais em seus principais segmentos de atuação.
O aumento do lucro em relação ao primeiro trimestre de 2024 deve-se, em grande parte, à redução das despesas financeiras líquidas, embora tenha sido parcialmente compensado por um aumento nas despesas de depreciação e amortização na Ipiranga.
Crescimento no Ebitda do Ultrapar
O Ebitda ajustado recorrente das operações continuadas somou R$ 1,282 bilhão, refletindo uma alta de 37% na comparação anual.
Esse crescimento foi impulsionado pelo maior faturamento da Ipiranga e da Ultracargo, parcialmente compensado pela queda nas receitas da Ultragaz.
No 2T24, a Ultrapar reportou uma despesa financeira líquida de R$ 206 milhões, refletindo uma melhora de R$ 11 milhões em comparação ao mesmo período de 2023.
De acordo com a empresa, esse desempenho foi influenciado pela redução do CDI e pelo menor saldo médio de dívida, embora tenha sido parcialmente ofuscado por um impacto pontual negativo de R$ 16 milhões devido à marcação a mercado neste trimestre.
A Ultrapar encerrou o segundo trimestre de 2024 com uma dívida líquida de R$ 7,7 bilhões, comparada a R$ 8,007 bilhões no mesmo período do ano anterior e R$ 7,823 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
O prazo médio de amortização da dívida bruta diminuiu para 3,3 anos ao final de junho, frente a 3,5 anos ao término de março.
A alavancagem, medida pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado dos últimos 12 meses (LTM), ficou em 1,2 vez, levemente abaixo do nível de 1,3 vez registrado em março de 2024.
Dividendos da Ultrapar
O Conselho de Administração da Ultrapar Participações aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 275,97 milhões, o que equivale a R$ 0,25 por ação ordinária. O pagamento está previsto para ocorrer a partir de 23 de agosto de 2024, sem incidência de juros ou correção monetária.
A data-base para o direito ao recebimento dos dividendos (ou “record date”) será 15 de agosto de 2024 no Brasil e 19 de agosto de 2024 nos Estados Unidos.
Portanto, as ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 16 de agosto de 2024 na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e de 19 de agosto de 2024 na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).