As ações da Usiminas (USIM5) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Bradesco BBI. Apesar disso, o banco manteve o preço-alvo da companhia em R$ 8,30.
“Acreditamos que os desafios de curto prazo, como possíveis descontos no preço do aço no mercado doméstico e a pressão contínua de custo/margem, provavelmente pesarão sobre as ações da Usiminas”, escreveram os analistas da instituição financeira em relatório.
O Bradesco BBI também continua preocupado com a alocação de capital, pois falta visibilidade sobre o cronograma e o tamanho de novos projetos. Além disso, o banco alimenta poucas esperanças de dividendos consideráveis no curto/médio prazo, algo que pode pressionar os papéis da companhia.
As estimativas de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 2,5 bilhões e R$ 3,4 bilhões para 2023 e 2024, respectivamente, estão agora 13% e 8% abaixo do consenso de mercado.
“De acordo com nossas novas estimativas, a ação é negociada a 4,3 vezes o múltiplo EV/Ebitda para 2023, dentro de níveis justos neste momento”, pontuou o Bradesco BBI.
Nesta terça-feira (27), por volta das 14:25 (de Brasília), as ações da Usiminas recuavam 1,10%, cotadas a R$ 7,20.
Usiminas (USIM5) planeja vender 1 milhão de toneladas de aço no 2T23
Após divulgar seu balanço do primeiro trimestre de 2023, a Usiminas (USIM5) confirmou a expectativa de vendas de aço para o segundo trimestre deste ano. A empresa espera distribuir de 900 mil a 1 milhão de toneladas de aço no período.
O volume projetado pela Usiminas chegou de acordo com o realizado no primeiro trimestre do ano, de 1,03 milhão de toneladas.
A Usiminas registrou um aumento nas vendas de 7%, comparado com o período do ano passado, mas apresentou queda de 9% na comparação trimestral. Já o volume de venda nos três primeiros meses de 2023 foi de 1,8 milhão de toneladas, uma baixa de 22% no trimestre, apesar disso a empresa registrou aumento de 17% na comparação anual.