Os FIIs de escritórios ainda sofrem com as restrições impostas pela pandemia de covid-19. Ainda em recuperação, os fundos imobiliários precisam enfrentar a desconfiança dos investidores. Apesar de verem oportunidades, os agentes financeiros estão precisando fazer cada vez mais análises mais rigorosas da vacância dos portfólios, buscando as melhores opções disponíveis.
Atualmente a vacância do segmento está em 22,96%, melhora em relação a julho do ano passado, quando a taxa de desocupação chegou a ser de 26,2%.
De acordo com dados da Cushman & Wakefield, consultoria do setor imobiliário, o mercado de escritórios em São Paulo segue uma tendência de recuperação, com a volta de locações e ocupações das lajes corporativas de alto padrão.
Na última quarta-feira (22), o Itaú BBA soltou um relatório afirmando que os números que sinalizam uma recuperação do segmento de lajes corporativas estão em linha com a expectativa do banco.
Segundo o Itaú BBA, a dúvida que permanece no segmento é sobre o modelo de trabalho que prevalecerá: presencial, home office ou híbrido.
“Em nossa opinião, FIIs de lajes corporativas continuam sendo oportunidades de ganho de capital, seja pelo desconto em relação aos valores patrimoniais, ou pela comparação com o custo de reposição”, afirmou.
O discurso se assemelha ao dos próprios fundos imobiliários. No relatório gerencial divulgado em junho, a gestão do FII XP Properties (XPPR11) atribuiu a elevada vacância ao impacto direto da pandemia e dos regimes de flexibilização da jornada presencial de trabalho. Apesar disso, o time de gestores vê sinais de recuperação no mercado.
“Apesar da taxa de vacância de 46% em maio nos imóveis prontos e acabados, denota-se melhora gradativa do setor de lajes corporativas”, pontuou o documento.
Em relatório semanal, Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, lembrou que, após período de forte recuperação, as cotas dos FIIs de escritórios registraram queda de quase 2% nas últimas duas semanas.