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Vale (VALE3): reunião termina sem decisão sobre futuro de CEO

Mineradora informou que voltará a se reunir nos próximos dias em busca de uma definição sobre o assunto

A reunião extraordinária do Conselho de Administração da Vale (VALE3), realizada nesta quinta-feira (15), terminou sem definição sobre o futuro do atual CEO da mineradora, Eduardo Bartolomeo.

Em nota à imprensa, a companhia informou que “a reunião terminou de forma inconclusiva e o Conselho voltará a se reunir nos próximos dias em busca de uma definição sobre o assunto”.

O mandato de Bartolomeu vence no dia 26 de maio. A companhia já informou publicamente que tem até o fim do mandato para decidir se o atual CEO terá o contrato renovado ou se será substituído.

No último dia 2, outra reunião extraordinária do Conselho para tratar do tema já havia terminado sem uma definição. Na ocasião, os conselheiros se reuniram em torno da apresentação de um relatório de avaliação de desempenho de Bartolomeo. O documento sugere que seja feito um processo seletivo para o cargo, com a possibilidade de que o atual CEO participe, disse ao “O Globo”.

Lula desiste de emplacar Mantega como CEO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de emplacar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, como CEO da Vale (VALE3). No final de janeiro Mantega divulgou uma afirmando que abriu mão de ocupar um cargo na empresa.

Lula vinha se movimentando para levar Mantega ao comando da empresa ou no seu Conselho de Administração.

De acordo com “O Globo”, integrantes do governo dizem esperar que a desistência de Lula seja entendida entre os acionistas da empresa, que será preciso escolher outro nome como CEO no lugar de Eduardo Bartolomeo, que ocupa o posto atualmente. O governo não concorda com a manutenção de Bartolomeu.

Focada em recuperar a confiança dos investidores

Após diálogos com a gestão da Vale, analistas do BTG Pactual (BPAC11) destacaram em relatório que a administração da empresa expressou confiança em relação às metas de produção e custos para 2024. Além disso, enfatizaram o compromisso da companhia em reconquistar a confiança dos investidores.

O BTG Pactual destaca que a administração da Vale deveria adotar uma postura mais cautelosa no planejamento dos dividendos para o primeiro semestre de 2024, sugerindo que os dividendos extraordinários sejam reservados preferencialmente para o segundo semestre deste ano.

“Em suma, mantemos a nossa opinião de que as ações permanecem com grandes descontos, e dissociado dos fundamentos. Vemos ações sendo negociadas abaixo de 4 vezes o Ebitda de 2024, e ainda acreditamos que um rendimento de dividendos de aproximadamente 10% seja alcançável no ano”, ressaltam os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner.

Quanto à oferta de minério de ferro, o BTG destaca que a Vale não prevê grandes adições de capacidade que possam impactar significativamente os mercados em 2024. Em relação à demanda, o banco observa que a produção de aço bruto na China deve se manter estável, porém os níveis de estabilidade em toda a cadeia siderúrgica continuarão sob pressão.