Balanço operacional

Vale (VALE3): bancos analisam queda na produção de minério no 4TRI24

O BTG e o Bradesco BBI avaliaram os números apresentados pela Vale no relatório de produção e vendas do quarto trimestre e do ano de 2024

Vale
Vale (VALE3) / Divulgação

A produção de minério de ferro da Vale (VALE3) fechou os últimos três meses de 2024 em 85,27 milhões de toneladas, uma queda de 4,6% frente a igual período do ano anterior. Já a produção de pelotas caiu 6,9% na mesma comparação, para 9,167 milhões de toneladas. 

A empresa apresentou os números em relatório de produção e vendas do quarto trimestre e do ano de 2024, divulgado na quinta-feira (28).

Além disso, no acumulado do ano, a produção de minério de ferro da Vale subiu 2%, para 327,6 milhões de toneladas, um resultado dentro da meta da empresa, que era produzir em torno de 328 milhões de toneladas.

A análise do BTG Pactual (BPAC11) é que a Vale teve resultados operacionais mais fracos do que o esperado no quarto trimestre, sendo a retirada de circulação de minério de ferro de menor qualidade a explicação para a queda na produção.

O relatório assinado pelos analistas Leonardo Corrêa e Marcelo Arazi afirma que a produção de 81,2 milhões de toneladas ficou abaixo da meta de 83 milhões de toneladas, mas mesmo assim a mineradora conseguiu alcançar suas metas para o ano.

A Vale tem avançado em iniciativas para melhorar suas operações, observou o BTG, além de reduzir ruídos externos, mas a dependência da retomada do crescimento da China acaba sendo um ponto de pressão importante.

O BTG Pactual tem recomendação neutra para Vale, com preço-alvo em US$ 11 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 21,8% sobre o fechamento da véspera.

Bradesco BBI vê consistência na produção da Vale (VALE3)

Apesar da produção e venda terem caído na comparação anual, os números operacionais da Vale foram consistentes no quarto trimestre, ajudando a mineradora a alcançar suas metas do ano, comentou o Bradesco BBI.

Na avaliação dos analistas Rafael Barcellos, Camilla Barder e Matheus Moreira, o movimento de otimização do portfólio da Vale, priorizando produtos de melhores margens, explica a queda de 5% na produção em um ano.

Nas operações de metais básicos, o destaque do banco ficou para a performance que a companhia teve em níquel e cobre, pois aumentou a produção na comparação anual com melhoria de produtividade nas minas.

“Os resultados reforçam nossa estimativa de Ebitda da Vale em US$ 4 bilhões no quarto trimestre”, comentam. A geração de caixa da mineradora deve continuar alta e apoiar pagamento de dividendos.

O Bradesco BBI tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo em US$ 13 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 44% sobre o fechamento de terça-feira (28).

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