Os papéis da Vale (VALE3) tiveram sua recomendação de compra mantida em “neutra” pelo Bank of America (BofA). A casa reiterou, nesta semana, seu pessimismo em relação ao cenário de commodities, cortando preços-alvo para empresas de mineração, siderurgia, papel e celulose.
O BofA entende que, mesmo com um leve aumento na produção trimestral, o preço do minério de ferro deve impactar o resultado financeiro da mineradora no terceiro trimestre. A China, grande importadora de commodities, tem reforçado suas políticas Zero Covid e enfrenta uma desaceleração econômica.
“Os resultados devem ser particularmente fracos para empresas que lidam com aços planos, com disputa de preços no Brasil e forte queda na América do Norte”, comentam os analistas da instituição financeira norte-americana.
Dentre as empresas do setor de commodities, o banco cortou o preço-alvo da Usiminas (USIM5), de R$ 12 para R$ 10. Além disso, a casa cortou os preços-alvos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e CSN Mineração (CMIN3) de R$ 17 para R$ 14 e R$ 4,30 para R$ 3,90, respectivamente.
O BofA também cortou o preço-alvo de Suzano (SUZB3) de R$ 80 para R$ 79, e Klabin (KLBN11), saindo de R$ 29 para R$ 28.
Por volta das 14:15 (de Brasília), as ações da Vale subiam 1,29%, cotadas a R$ 71,58.
Vale (VALE3): XP (XPBR31) recomenda compra
A compra das ações da Vale (VALE3) foi recomendada pela XP Investimentos (XPBR31). Em documento emitido na semana passada, a casa estipulou um preço-alvo de R$ 97. O relatório da corretora surge após a notícia da compra de uma fatia da mineradora pela Cosan (CSAN3).
“Apesar de não enxergarmos triggers de curto prazo na aquisição para um re-rating da Vale, acreditamos que ter a Cosan como um acionista de referência será muito positivo para a mineradora no médio e longo prazo. Adicionalmente, o fato de um excelente alocador de capital como a Cosan estar fazendo uma aposta tão grande na Vale nos dão confiança no valuation atrativo e no potencial do investimento nas ações da companhia”, escreveu a XP.