Governança

Vale (VALE3): BTG vê senso de urgência de novo CEO; confira as propostas

Para o BTG, a nova gestão é positiva para a Vale, e os planos atuais para o futuro são "precisos" e "cruciais"

Vale (VALE3) reporta balanço corporativo
Foto: Vale (VALE3)/divulgação

A gestão de Gustavo Pimenta é positiva para a Vale (VALE3), avaliou o BTG Pactual (BPAC11). O banco também destacou o elevado senso de urgência do novo CEO para preparar a empresa para as difíceis condições do mercado à frente.

Leonardo Correa e Marcelo Arazi, analistas que assinaram o relatório do BTG, ponderam que a mesa redonda realizada pela Vale na quarta-feira (9) com analistas enviou mensagens consistentes com as comunicações recentes. 

Além disso, para os profissionais há um elevado senso de urgência quanto às mudanças necessárias para restaurar a confiança dos investidores.

Os planos da maior mineradora do Brasil incluem, além de aumentar a produção de minério de ferro, entre 340 a 360 milhões de toneladas até 2026, também melhorar a qualidade do mix de produtos.

A Vale também planeja dobrar a produção de metais básicos, principalmente do cobre, dessa forma diminuindo os custos e melhorando a eficiência. 

Na lista também consta a eliminação de pendências por meio da conclusão do caso Samarco e das renegociações ferroviárias; e, por último, melhorar relações institucionais com o governo, segundo o “E-Investidor”. 

Na avaliação do BTG, esse diagnóstico do que precisa ser feito é “preciso” e “crucial”. O trabalho mais próximo com todas as partes interessadas para acelerar melhorias em várias frentes, incluindo desempenho operacional e balanços, é um ponto a ser ressaltado para o banco.

No entanto, os profissionais também apontaram ser “desnecessário dizer que o histórico do papel continua intimamente ligado à volatilidade de curto prazo da China e à forma como os atores políticos responderão aos apelos dos investidores por um forte impulso fiscal para reestruturar a economia”.

O BTG mantém recomendação neutra para as ações da Vale (VALE3), visando um perfil equilibrado de risco e retorno, mas segue destacando a monitoração do desenvolvimento macro e micro antes de mudar sua posição. 

Enquanto isso, o preço-alvo do banco para as ADRs (American Depositary Receipts) é de US$ 12, o que representa um potencial de valorização de 9,9% sobre o fechamento de quarta-feira (9).

Sob novo comando, Vale (VALE3) faz primeira grande mudança em diretoria

A mineradora Vale (VALE3) anunciou nesta terça-feira (8), que o cargo de vice-presidente executivo de Soluções de Minério de Ferro deixará de ser ocupado por Marcello Spinelli. Essa será a primeira grande mudança na diretoria sob o comando do novo presidente-executivo da mineradora, Gustavo Pimenta.

Como substituto interino de Spinelli ficará o atual diretor de Desenvolvimento de Produtos e Negócios da companhia, Rogério Nogueira. Ele assume a posição na quarta-feira (9) e permanece até 31 de dezembro. 

A razão da saída de Spinelli não foi informada pela Vale. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, a saída de Spinelli foi a primeira mudança importante definida pelo novo presidente da Vale, que iniciou seu mandato no início deste mês, de acordo com apuração da “Reuters”.

Para Pimenta a mineradora precisa de mudanças em sua área comercial, buscando uma dinâmica de relacionamento “muito mais forte com os clientes”, segundo o veículo de notícias.

“Tem realmente uma nova dinâmica comercial que vai se instalar na companhia”, disse a fonte.

Spinelli ingressou na Vale em 2002, atuou como executivo na área de logística e foi nomeado presidente da VLI Logística e vice-presidente executivo de Ferrosos.

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