O executivo Kennedy Alencar foi escolhido pela Vale (VALE3) para comandar a divisão de relações institucionais, com o intuito de melhorar a relação com o governo Lula (PT), conforme apuração da colunista do jornal “O Globo”, Malu Gaspar.
Na Vale, Kennedy Alencar começará a atuação no cargo em meados de novembro. Antes disso, ele foi diretor institucional e conselheiro editorial da Rede TV!, comentarista do programa “É Notícia” e colunista do UOL.
O executivo tem uma relação próxima com o presidente Lula, de acordo com a coluna, além de ter desenvolvido uma boa interlocução com o PT (Partido dos Trabalhadores) e bom trânsito com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e lideranças do “centrão”.
A Vale vem em uma sequência de contratações e mudanças na governança desde que o novo CEO, Gustavo Pimenta, assumiu o comando. Ele pretende se aproximar do governo desde as tensões causadas pela tentativa de Lula em levar o ex-ministro Guido Mantega à companhia.
Junto com a contratação de Kennedy, segundo a colunista, haverá uma série de reformulações no organograma da Vale. A própria área de relações institucionais, que antes ficava subordinada ao vice-presidente jurídico da Vale, agora será diretamente ligada à Pimenta.
Vale (VALE3) e Suzano: BBI diz que mudanças de CFOs são vantajosas
A mineradora Vale (VALE3) e a companhia de celulose Suzano (SUZB3) anunciaram novos CFOs na última sexta-feira (25). Para os analistas do Bradesco BBI, as alterações foram bem recebidas e tem vistas a uma situação vantajosa para ambas as empresas.
A troca de cadeiras começou com a Vale nomeando Marcelo Bacci, que antes atuava na produtora de papel e celulose, para o cargo de CFO. O cargo estava vago desde a promoção do antigo CFO, Gustavo Pimenta, à posição de CEO.
Após a saída de Bacci, a Suzano anunciou Marcos Assumpção, anteriormente Diretor Financeiro da Suzano, como CFO.
O destaque da equipe de research do BBI foi o fato de Bacci já ter construído um forte histórico com investidores. Ele liderou com sucesso, segundo o banco, a Suzano, aderindo a uma estratégia disciplinada de alocação de capital, ao passo que também manteve a alavancagem sob controle ao longo dos ciclos.
A nomeação do executivo como novo CFO da Vale, na avaliação do BBI, acarretará em um desenvolvimento positivo para a mineradora.
Além disso, a companhia já concluiu pendências significativas que tinha nos últimos meses e agora está bem posicionada para buscar uma nova agenda estratégica, segundo o Bradesco.
Já no caso da Suzano, a visão do BBI é que o novo CFO será também um desenvolvimento positivo para a empresa, isto porque ele também construiu um forte histórico com investidores e levará uma ampla experiência em mercados financeiros.