Desastre ambiental

Vale (VALE3) deve fechar acordo de R$ 167 bi por Mariana

A Vale, a BHP e a Samarco pagarão R$ 100 bilhões do total ao longo de 10 anos, segundo apuração de Lauro Jardim, do "O Globo"

Vale
Vale / Divulgação

O acordo da Vale (VALE3) para recuperação do desastre de Mariana (MG), ocorrido em 2016, deve totalizar R$ 167 bilhões, segundo a coluna de Lauro Jardim, de “O Globo”. A apuração citou uma apresentação da Advocacia-Geral da União (AGU) na tarde desta sexta-feira (18).

O acordo será assinado na próxima sexta (25). Entre os principais pontos novos está a destinação de R$ 8 bilhões a indígenas e comunidades tradicionais, de acordo com a coluna. A Vale fará uma teleconferência de resultados do 3TRI24 no mesmo dia.

A informação é que a Vale, BHP e Samarco pagarão R$ 100 bilhões do total ao longo de 10 anos, segundo a coluna.

Estima-se que as companhias gastem R$ 30 bilhões em obrigações, incluindo a recuperação de floresta nativa e nascentes, bem como o gerenciamento de áreas contaminadas. Os demais R$ 37 bilhões já foram pagos em reparações socioambientais.

As pessoas diretamente atingidas devem receber R$ 40,73 bilhões, enquanto outros R$ 16,13 bilhões serão para recuperação ambiental, conforme as informações da coluna.

Pescadores e agricultores diretamente afetados terão um auxílio mensal de 1,5 salário mínimo por até quatro anos e mais um salário mínimo nos 12 meses finais, uma soma total de R$ 4 bilhões.

A ANM (Agência Nacional de Mineração) receberá R$ 1 bilhão para melhorar sua capacidade de fiscalização de barragens.

Vale (VALE3) e Petrobras firmam acordo com foco em descarbonização

A Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4) anunciaram nesta sexta-feira (18) que fecharam um acordo estratégico para o fornecimento de produtos com foco na competitividade e no avanço da pauta de descarbonização.

O acordo entre as duas companhias é uma evolução dos estudos conjuntos iniciados em setembro de 2023 e estabelece condições para testes e possível comercialização de três produtos estratégicos.

As empresas, que estão entre as maiores em valor de mercado no Brasil, explorarão a negociação conjunta de ativos como gás natural, diesel coprocessado com conteúdo renovável e combustível marítimo (bunker) com 24% de conteúdo renovável.

A primeira parte do acordo já foi iniciada com o fornecimento de diesel com conteúdo renovável pela estatal. O produto começou a ser fornecido à mineradora para utilização na Estrada de Ferro Vitória a Minas e na Mina Fábrica Nova.

O acordo também prevê a colaboração em modelos mais competitivos para o fornecimento de gás natural, bem como de insumos essenciais para a produção de pelotas.