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Vale (VALE3) deve pagar mais dividendos nos próximos meses, diz UBS

Segundo o UBS BB, a Vale deve aumentar seu patamar de DY de 6% para 8%

A Vale (VALE3) pode expandir seu patamar de pagamento de dividendos nos próximos meses, segundo previsão dos analistas do UBS BB. De acordo com a equipe do banco suíço, a mineradora brasileira deve aumentar seu patamar de dividend yield (DY) de 6% para 8%.

Em relatório, o UBS BB estima que a Vale se beneficie do otimismo com o cenário do minério de ferro e torne seus dividendos “mais atrativos”.

“O principal impulsionador da Vale é o preço do minério de ferro, já que agora esperamos que ele se mantenha na faixa de negociação atual (US$ 100-130 por tonelada) nos próximos seis meses”, escreveu.

Segundo o UBS BB, a revisão para o preço da commodity foi feita por conta do fato de que a China vem tomando medidas para apoiar sua economia, além de que a fraqueza contínua no setor imobiliário chinês é “largamente compensada” pela força na infra-estrutura e outros setores.

“Em nossa opinião, isso permitirá à Vale pagar dividendos atraentes nos próximos 12 meses, em torno de US$ 4,6 bilhões”, acrescentou a instituição financeira.

Além disso, os especialistas do UBS aumentaram o preço-alvo de US$ 13 para US$ 14 para as ADRs (recibo de ações) da Vale, elevando a recomendação de venda para neutra.

Vale (VALE3) assina acordo para atualizar plano emergencial de barragens

A Vale (VALE3) firmou na última sexta-feira (29), com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), um acordo se comprometendo a elaborar ou atualizar o Plano de Ação Emergencial (PAE) de seus empreendimentos minerários.

O PAE tem como objetivo promover a segurança das pessoas e dos animais, a preservação do meio ambiente e a salvaguarda do patrimônio cultural.

Entre as medidas que devem constar no PAE, segundo a lei Mar de Lama Nunca Mais, estão: sistema capaz de alertar e viabilizar o resgate das populações passíveis de serem diretamente atingidas pela mancha de inundação, bem como medidas específicas para resgatar atingidos, pessoas e animais, mitigar impactos ambientais, assegurar o abastecimento de água potável às comunidades afetadas e resgatar e salvaguardar o patrimônio cultural.

Durante a assinatura do Termo de Acordo, o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto, disse que o acordo assinado é o reconhecimento de um novo tempo, voltado ao diálogo, à confiança e à vontade de fazer a coisa certa.

“A construção desse, e de outros acordos, foi pautada pela transparência e confiança. Com isso, é possível superar os desafios e construir consensos e soluções”, disse após firmar acordo com a Vale.