A Vale (VALE3) é a principal escolha do Bradesco BBI entre as exportadoras brasileiras de commodities metálicas para 2025. O banco manteve sua recomendação de “compra” para os ADRs da mineradora negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), ajustando o preço-alvo de US$ 15 para US$ 13, com um potencial de alta de 52,9%.
A Vale se destaca devido à sua sólida geração de caixa e à redução significativa dos riscos de governança, após as ações implementadas pela companhia em 2024.
Em relação a outras empresas do setor, o Bradesco BBI revisou suas recomendações para Gerdau e Usiminas, rebaixando as ações de “compra” para “neutra” e ajustando os preços-alvos de R$ 25 para R$ 19 e de R$ 11 para R$ 6, respectivamente, com potenciais de valorização de 7,9% e 22,9% em relação ao fechamento de ontem.
Por fim, também revisou os preços-alvos para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ajustando de R$ 15 para R$ 9, com um potencial de alta de 16%, e para a CSN Mineração, passando de R$ 6 para R$ 5, com um potencial de valorização de 7,7%, mantendo a recomendação “neutra”.
Mineradoras se destacam e siderúrgicas desafiam cenário
De acordo com os analistas Rafael Barcellos, Camilla Barder e Matheus Moreira, sua preferência entre as exportadoras de commodities metálicas brasileiras neste ano está nas mineradoras, pois acreditam que as siderúrgicas continuam a enfrentar um ambiente desafiador.
Eles apontam que os preços do minério de ferro devem continuar voláteis ao longo de 2024, em resposta às incertezas nas relações econômicas entre os EUA e a China, mas não esperam quedas significativas além dos níveis atuais.
Nesse cenário, a Vale se destaca como sua principal escolha, devido à sua sólida geração de caixa e à redução substancial dos riscos de governança, após as ações implementadas em 2024.
Quanto às siderúrgicas, o banco acredita que o espaço para um crescimento significativo na demanda por aço é limitado neste ano, devido à persistente entrada de produtos chineses e à deterioração do quadro macroeconômico.
“As empresas do setor perderam atratividade porque terão resultados fracos e há possibilidade de revisão para baixo nas estimativas de consenso para as companhias”, comentam.