Mercado

Vale (VALE3): baixa demanda de ferro pela China prejudica ações

Yan Pedro, fundador da empresa Hey Investidor, comentou com o BP Money sobre o ritmo da matéria-prima e os fatores negativos.

Na sessão Ibovespa desta segunda-feira (26), a Vale (VALE3) e outras ações das siderurgicas sofreram durante todo o dia, ancoradas pela queda no preço do minério de ferro. O patamar atingido pela commodity em Dalian é o pior em quatro meses, cenário causado por preocupações em relação à China. As ações ordinárias VALE3 fecharam em queda de 2,41%, a R$ 65,75.

No mercado à vista e futuro, os valores do minério e ferro iniciaram a semana com queda firme. De acordo com o InfoMoney, as vertentes que pressionam negativamente são: a baixa demanda de aço na China, bem como, sinais de que as siderurgicas do país asiático estão contendo seus níveis de produção novamente.

Enquanto isso, o minério de ferro 62% tem queda acumulada de 12% em fevereiro, no mercado transoceânico. No período anual, as perdas são mais de 17%, segundo o índice Platts, da S&P Global Commodity Insghts. 

Yan Pedro, fundador da empresa Hey Investidor e da OPI Escola de Investimentos, comentou com o BP Money sobre o ritmo da matéria-prima e os fatores que a têm levado ao negativo. Para o Brasil ele menciona que a “demanda do mercado interno, principalmente do setor de construção civil e também o mercado imobiliário brasileiro. São os que mais exigem o minério de ferro”.

“Do exterior temos que levar em consideração a China. Isso porque, historicamente, sempre que o país começa a exportar mais ferro do Brasil o nosso PIB também acompanha essa alta e, proporcionalmente, as empresas do setor acabam se valorizando”, diz.

Crise imobiliária chinesa afeta Vale (VALE3)

A Vale é mineradora brasileira que mais exporta o minério de ferro à China e tem um peso relevente para o Ibovespa. Enquanto isso, as siderurgicas chinesas são tidas como as maiores do mundo, elas ditam a direção que a demanda do mercado seguirá. Se na China a procura for fraca, no Brasil também será.

Pedro associa a baixa demanda no mercado chinês à crise imobiliária que o país tem enfrentado. Ele explica que, na década de 1990 e nos anos 2000, a China utilizou muito minério de ferro para impulsionar seu crescimento. Com isso, criaram-se várias “cidades fantasma”. 

Ele cita que, não apenas a balança comercial pode ser afetada negativamente, como também os empregos ligados à Vale. Em uma previsão de longo prazo, Pedro responde que a demanda deve voltar a subir e elevar as empresas.

“O minério de ferro deve voltar a valorizar e refletir numa alta de empresas como a Vale. Isso porque a China tem que bater os EUA e se tornar a maior economia do mundo, esse é o principal objetivo da China. Muitos especialistas falam que isso vai ser isso em 2027”, finaliza.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile