Analistas consideram a nomeação de Gustavo Pimenta como o próximo presidente-executivo da Vale (VALE3) uma decisão positiva, que diminui as incertezas relacionadas ao processo de sucessão e à possível interferência política.
A Vale comunicou ao mercado, no final da noite de segunda-feira (26) que seu colegiado elegeu por unanimidade Gustavo Pimenta, atualmente vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da empresa, para substituir Eduardo Bartolomeo como CEO.
“Como candidato interno que está na empresa há cerca de cinco anos, a eleição do Sr. Pimenta como novo CEO provavelmente acalmará os temores de uma potencial influência política na liderança da Vale. O anúncio também marca o fim do ruidoso processo de sucessão do CEO e elimina um peso importante nas ações, em nossa opinião”, avaliaram analistas da RBC Europe Limited, em relatório enviado a clientes.
A mineradora enfrentou meses de turbulência no processo de seleção de seu novo CEO, previsto para ser concluído apenas no final do ano, enquanto surgiam notícias de que o governo estava tentando influenciar a escolha do novo líder da empresa.
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Analistas avaliam
A equipe do JPMorgan ressaltou que Pimenta é amplamente reconhecido e respeitado pelos investidores, o que deve resultar em uma reação favorável do mercado.
A Vale informou na véspera que Pimenta, um executivo com ampla experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração, construiu sua carreira ao longo de mais de 20 anos no Brasil, Estados Unidos e Europa.
O UBS BB também considerou o anúncio como uma notícia positiva, destacando que o executivo foi um “arquiteto essencial da alocação de capital disciplinada e da recuperação operacional da Vale nos últimos anos”.
Segundo os analistas, conforme indicado em relatório aos clientes, há potencial para que questões importantes de ESG, como o caso da Samarco, sejam resolvidas em breve.
