Revisão

Vale (VALE3): Goldman reforça compra mas reduz preço-alvo

Segundo o banco, os mesmo motivos que levam a não investir, são os instigam a compra

Foto: Divulgação
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Os ADRs da Vale (VALE3) tiveram recomendação de compra reforçada pelo Goldman Sachs, com corte suave no preço-alvo de US$ 16,20 para US$ 16. A avaliação representa potencial de alta de 44% sobre o fechamento de terça-feira (2). 

A equipe de análise do Goldman apontou que, no acumulado do ano, os papéis da Vale caíram 30%, ao passo que os pares Rio Tinto e BHP caíram de 13% a 145, bem como o minério de ferro, commodity comercializada pela companhia, que teve queda de 21% no período.

O banco indicou que os investidores domésticos parecem ter reduzido a exposição à Vale por alguns fatores. Entres: o pessimismo com o minério de ferro e a visão cautelosa sobre a dinâmica operacional. 

Enquanto isso, os investidores internacionais mantiveram a exposição em baixa por conta de uma “clara preferência pelo cobre” entre os metais; pelo ruído político em torno de uma possível mudança de CEO; e a incerteza sobre o acordo final quanto ao acidente da Samarco.

O Goldman entende a avaliação atual em patamar atraente e acredita que as razões para não investir se tornarão, na verdade, as razões para comprar as ações da Vale. 

A primeira seria sobre o acordo do acidente, tanto a Vale quanto a BHP indicaram publicamente que estão envolvidas em um acordo final sobre a Samarco no curto prazo, de acordo com o “InfoMoney”.

O segundo ponto seria o “bom suporte aos custos do minério de ferro”, junto com as frequentes exportações elevadas de aço e baixo uso de sucata na China, o que pode apoiar a commodity acima de US$ 100 por tonelada. 

Goldman espera recuperação leve da Vale (VALE3)

O Goldman também tem expectativas de que o momento operacional da Vale mostre recuperação moderada, mas estima maior deterioração em seu cenário base.

“Não vemos sinais que possam impactar a alta do cobre, então isso deve continuar a ser um obstáculo para a Vale e potencialmente para a exposição ao minério de ferro”, ponderou o banco.

A equipe vê um rendimento de fluxo de caixa livre da Vale em 12% para este ano e 10% para 2025.

“Observamos também um rendimento adicional único de 5% como resultado de uma venda de participação de 10% no negócio de metais básicos (dinheiro a ser recebido no 2T). Acreditamos que quando as incertezas sobre a liquidação de Mariana acabarem, isso poderá desbloquear até 17% de potencial de dividendos/recompra”, avaliou o Goldman.