Acúmulo de quedas

Vale (VALE3) no 2TRI24: projeção é otimista, mas cenário macro preocupa

A companhia divulga os resultados referentes ao segundo trimestre de 2024 nesta quinta-feira (25), após o fechamento do mercado

Vale
Foto: Divulgação

Todas as atenções estarão voltadas para a Vale (VALE3) após o fechamento do mercado nesta quinta-feira (25), com a divulgação dos resultados referentes ao segundo trimestre de 2024.

As projeções são otimistas. Ao BP Money, Luan Alves, head de ações da VG Research, afirmou que o lucro da Vale (VALE3) deve mais do que dobrar em comparação ao primeiro trimestre do ano, quando registrou US$ 1,679 bilhão de forma líquida.

Em relação ao Ebtida (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), Alves pontuou que a previsão é de US$ 3,9 bilhões. No 1TRI24, o Ebtida ficou em US$ 3,438 bilhões.

Vale (VALE3): e as ações?

Na avaliação de Luan, embora os resultados apontem para uma “melhora sequencial”, o cenário econômico não tem favorecido as ações da mineradora.

“O cenário macro está jogando contra nesse momento, deixando a ação a mercê da abertura do minério de ferro nesta quinta-feira (25). Não espero grandes viradas nesse resultado e as ações devem ser mantidas de lado por mais alguns pregões”, destacou o analista da VG Research.

A Vale (VALE3) vem registrando uma série de perdas na B3 (B3SA3) no mês de julho. O pior fechamento aconteceu no dia 10, com queda de 1,35% e os papéis sendo negociados a R$ 62,17. Já o minério de ferro futuro tem uma queda acumulada de 2,14% no mês.

De acordo com Bruno Corano, economista e investidor da Corano capital, pela solidez e por atuar na indústria de base, a Vale (VALE3) costuma entregar bons resultados, “independente da demanda ser maior ou menor”.

“Se observarmos os últimos cinco anos, a Vale veio de resultados não tão bons para um resultado espetacular e, depois, voltou a desacelerar. Se a perspectiva para agora é que os números melhorem, a pergunta que a gente tem que fazer é ‘até quando?’, já que a China está na iminência de ter uma maior desaceleração”, pontuou Corano.

Além das tensões em relação às commodities, o mercado está focado nas notícias em torno da escolha do novo CEO da mineradora. O atual presidente, Eduardo Bartolomeu, permanece no cargo apenas até o final do ano.

Na última semana, foi noticiado que Dario Durigan, braço direito de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda está sendo cotado para assumir a presidência da companhia.

Outro ponto que também tem sido observado de perto são os desdobramentos do acordo de compensação referente ao desastre ambiental ocasionado pelo rompimento da barragem de Mariana (MG).

 


Acesse a versão completa
Sair da versão mobile