A Vale (VALE3) divulgou em comunicado ao mercado que a União Federal e o Governo do estado do Espírito Santo recusaram uma proposta de acordo relacionada ao desastre ambiental de Mariana (MG), que envolveu o rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco.
A União e o Espírito Santo teriam informado ao desembargador encarregado da mediação do acordo, estabelecido no Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), sua decisão de não aceitar os termos da proposta de acordo apresentada pela Samarco, Vale e BHP.
A Vale reitera que as tratativas sobre o tema continuam e são conduzidas exclusivamente no âmbito da mediação”, destacou.
“A Vale, como uma das acionistas da Samarco, reafirma seu compromisso com as ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em 2015, e segue engajada para o avanço das negociações em curso com os Governos Federal e Estaduais e outras entidades públicas envolvidas na Mediação”, apontou a Vale no documento.
A companhia disse ainda que, em conjunto com Samarco, BHP e autoridades públicas, deve seguir em busca de um acordo que garanta a “reparação justa e integral às pessoas atingidas e ao meio ambiente”.
As ações da Vale, operam em alta na manhã desta segunda-feira (6), às 11h05 (horário de Brasília), subindo 0,64%, a R$ 64,60.
Vale (VALE3): novo CEO tem que ser alinhado com governo, diz ministro
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, declarou na sexta-feira (3) que o próximo CEO da Vale (VALE3) deve estar mais alinhado ao governo. Para ele, quanto antes a sucessão for resolvida, melhor para resolver “pendências com o Brasil”.
A fala de Silveira indica que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não abriu mão de esperar um aliado à frente da Vale (VALE3).
No início de 2024, o Planalto tentou colocar Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, na presidência da maior mineradora do Brasil. Contudo, o plano falhou e a companhia optou por estender o mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeu, até o final de 2024.