Vale (VALE3) tem queda de 30,4% no lucro do 4T22

A Vale lucrou US$ 3,724 bilhões no quarto trimestre de 2022

A Vale (VALE3) divulgou seu balanço do quarto trimestre nesta quinta-feira (16). A mineradora reportou lucro líquido de US$ 3,724 bilhões entre outubro e dezembro, queda de 30,4% em relação ao mesmo período de 2021.

A receita operacional líquida foi de US$ 11,941 bilhões no quarto trimestre de 2022, queda de 8,9% na base anual.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado totalizou US$ 5,001 bilhões entre outubro e dezembro. Já a margem Ebitda ajustada atingiu 39% no quarto trimestre de 2022, alta de 3 p.p. frente a margem registrada em 4T21.

O resultado financeiro líquido da Vale, por sua vez, foi negativo em R$ 658 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo os ganhos financeiros de R$ 3,158 bilhões da mesma etapa de 2021.

As despesas relacionadas a Brumadinho e descaracterização de barragens atingiram US$ 375 milhões entre outubro e dezembro de 2022 ante US$ 2,115 bilhões reportados no mesmo trimestre de 2021.

Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida da Vale era de R$ 7,915 bilhões ante R$ 1,877 bilhão da mesma etapa de 2021.

Nesta quinta-feira, as ações da Vale avançaram 0,21%, cotadas a R$ 89,19.

Vale (VALE3): JP Morgan corta recomendação

As ações da Vale (VALE3) tiveram recomendação de compra cortada para neutra pelo J.P. Morgan. A instituição financeira norte-americana ainda estipulou um preço-alvo de R$ 93,00 para o fim de 2023.

A mudança foi feita por conta de um excesso de otimismo com o setor de mineração e siderurgia após a reabertura da China. Na avaliação do J.P. Morgan, a recuperação nos fundamentos do minério de ferro ainda não se materializou, com a demanda por aço da China ainda enfraquecida. No entanto, as ações da Vale são negociadas com múltiplos acima da média em 4,8 vezes o Ebitda.

“No curto prazo, os resultados do primeiro trimestre e anúncio de dividendos podem sustentar as ações, mas no médio prazo, os fundamentos do minério de ferro ganham prevalência”, escreveram os analistas do banco sobre a Vale.