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Vale (VALE3) vai emitir R$ 6 bilhões em debêntures isentas

A emissão será realizada em três séries de R$ 2 bilhões cada

Foto: Divulgação/Vale
Foto: Divulgação/Vale

A Vale (VALE3) anunciou recentemente a emissão de R$ 6 bilhões em debêntures de infraestrutura. Mas uma característica peculiar chamou a atenção dos investidores: os títulos, que serão emitidos em três séries, terão rendimento com desconto em relação aos títulos públicos.

Como se tratam de debêntures incentivadas — isentas de IR (Imposto de Renda) sobre os rendimentos para pessoas físicas —, o rendimento líquido tende a ser superior ao dos títulos públicos equivalentes, que são tributados.

Detalhes da emissão de debêntures

A emissão será realizada em três séries de R$ 2 bilhões cada. A primeira, com vencimento em 15 de agosto de 2032, terá juros prefixados equivalentes ao Tesouro IPCA+ menos 0,50% ao ano. Já a segunda terá a mesma remuneração, mas com vencimento em 15 de agosto de 2035, segundo apontou a Exame.

Por fim, a terceira série, com vencimento em 12 anos, terá um desconto um pouco menor em relação ao IPCA+, de 0,47%.

Condições e prazos

Os valores indicam que a taxa efetiva pode ser ainda menor caso haja uma demanda mais forte durante o período de bookbuilding, previsto para 6 de junho. Os juros serão pagos semestralmente, enquanto o valor principal será devolvido apenas no vencimento de cada série.

Normalmente, as empresas emitem títulos de dívida com um acréscimo em relação ao rendimento dos títulos públicos (CDI ou IPCA+), sendo esse montante definido conforme o seu perfil de risco.

Fraude faz Vale (VALE3) suspender R$ 55 mi em pagamentos

Vale (VALE3), uma das maiores mineradoras do mundo, protagoniza mais um capítulo de tensão no mercado financeiro: a empresa ajuizou 15 processos na Justiça do Rio de Janeiro após identificar uma fraude sofisticada na plataforma digital usada para antecipação de recebíveis de seus fornecedores.

A origem do problema está ligada à Nexxera, empresa contratada pela Vale para operacionalizar cessões de crédito entre fornecedores da mineradora e instituições financeiras.

De acordo com informações do jornal O Globo, um criminoso se passou por um representante legítimo de um fornecedor, acessou a plataforma e modificou os dados bancários dos pagamentos — redirecionando os valores para contas de terceiros.