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Vale (VALE3): volume de dividendos dependerá do minério de ferro

O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, garantiu o pagamento mínimo e que nos próximos 2 anos haverá compromissos de reparação de danos

Vale
Vale / Foto: Divulgação

Gustavo Pimenta, presidente da Vale (VALE3), afirmou que prefere não antecipar possíveis volumes de dividendos para o futuro, pois nos próximos dois anos, a empresa fará muitos desembolsos dos compromissos assumidos para a reparação dos danos causados pelos acidentes das barragens em Mariana e em Brumadinho.

Contudo, Pimenta sinalizou, durante o Vale Day, na Bolsa de Nova York, nesta terça-feira (3), que está garantido o pagamento mínimo, bem como uma eventual remuneração extra vai depender do mercado de minério de ferro.

“Nos próximos dois anos, o caixa vai ser bastante restrito, a depender do preço do minério de ferro. Muitos pagamentos vão reduzir a posição de dívida líquida, vamos amortizar. Isso cria capacidade no balanço patrimonial. Não queremos antecipar nada, mas isso [pagamento de dividendos] depende da capacidade do mercado”, afirmou Pimenta, segundo o “Valor”.

“Temos mostrado nosso enfoque em remunerar acionistas. Estamos concentrados no potencial de remunerar nossos acionistas incrementalmente à política de dividendos que já temos. Os próximos dois anos vão ser mais restritos, mas, depois disso, vamos voltar à regularidade. Temos tido fluxo de caixa livre constantemente”, disse.

Pimenta também destacou que a Vale pode gerar dois dígitos de fluxo de caixa em um mercado mais apertado.

Caso Mariana: Vale (VALE3), Samarco e BHP são absolvidas após 9 anos

A Justiça Federal absolveu as mineradoras Vale (VALE3), Samarco BHP pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A decisão acontece após nove anos de um dos maiores desastres ambientais do Brasil.

A deliberação do tribunal baseou-se na “ausência de provas suficientes” para responsabilização criminal direta dos acusados. Embora o desastre em Mariana tenha causado 19 mortes, destruído comunidades e impactado o meio ambiente, a Justiça considerou que não foi possível determinar condutas específicas dos réus.

Em um julgamento paralelo em Londres, iniciado em outubro, foi revelado que a BHP estimava o risco do colapso e os custos associados, mas não implementou simulações de evacuação na região afetada. O MPF (Ministério Público Federal) disse que irá recorrer da decisão da Justiça.

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