A empresa Vamos (VAMO3) adquiriu uma frota de 2.923 caminhões do Grupo Petrópolis e, ao mesmo tempo, formalizou um contrato de locação para utilizar esses ativos.
O montante da transação totaliza R$ 575,3 milhões, levando em conta as condições precedentes que já foram atendidas.
Do total de 2.923 caminhões adquiridos, a Vamos planeja locar 2.390 para a Petrópolis, enquanto os 533 restantes serão desmobilizados e disponibilizados para venda no mercado secundário.
Dentro do conjunto de ativos adquiridos destinados à locação, a Vamos planeja substituir 587 caminhões por veículos zero quilômetro. Isso resultará na desmobilização e venda de 1.120 caminhões seminovos ao longo dos próximos meses.
O contrato de locação estipula prazos de 5 a 7 anos, com ajustes anuais conforme a inflação. Esse acordo resulta em uma receita bruta mensal de R$ 15,6 milhões a favor da Vamos, contribuindo para um backlog adicional de aproximadamente R$ 1,1 bilhão para a empresa.
As demais condições precedentes estão em processo e devem ser finalizadas até o desembolso associado à transação.
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A Vamos (VAMO3) adquiriu em setembro do ano passado, 2.900 caminhões da Cervejaria Petrópolis por R$ 576 milhões. O volume é equivalente a 40% de todos os emplacamentos de novos caminhões feitos no mês passado. A fabricante da cerveja Itaipava está vendendo 95% de sua frota de caminhões como forma de levantar recursos dentro de seu processo de recuperação judicial. As informações são do Brazil Journal.
Após a venda, boa parte dos caminhões serão alugados de volta para a companhia em contratos de cinco a sete anos. O CEO da Vamos, Gustavo Couto, disse ao site que a ideia é revender 1,1 mil desses caminhões e recompor a frota com 600 caminhões zero-quilômetro que a Vamos já tem em estoque. Com isso, a Vamos deve alugar 2.400 caminhões para a Petrópolis.
A venda ainda precisa ser aprovada pelos credores da Petrópolis e pelo juiz da recuperação judicial. A estimativa é que o processo seja finalizado em 25 a 90 dias. O pagamento será praticamente à vista: assim que a venda for aprovada na RJ, a Vamos vai desembolsar 75% do valor total. O restante será liberado conforme a Petrópolis for compondo as garantias (como recebíveis performados e imóveis) previstas no contrato de aluguel.
“É uma transação que dificilmente outra empresa conseguiria fazer, porque vamos ter que colocar todo o nosso ecossistema para funcionar: nosso estoque, nossos recursos e as lojas de seminovos,” disse o CEO.
Couto diz que as condições foram boas, mas que foi uma negociação “intensa, pesada, dura, e que satisfez os interesses das duas partes.” “Se fôssemos dar um ‘chute na canela’, oferecer um preço muito baixo, certamente não seria aprovado pelos credores. Pagamos preços de mercado e vamos ter um retorno adequado para uma operação com essa escala.”
