A Iguatemi (IGTI11) obteve na Justiça permissão para despejar a Tok&Stok da unidade do shopping Iguatemi Ribeirão Preto (SP) por falta de pagamento. O valor da ação é de pouco mais de R$ 1 milhão.
De acordo com o “Valor Econômico”, a liminar para o despejo foi concedida no último dia 13 de junho, cinco dias após a distribuição do caso para a 10ª Vara Civil do Foro de Ribeirão Preto.
“Concedo a liminar de despejo, mediante a prestação de caução em dinheiro equivalente a três meses de aluguel, concedendo o prazo de 30 dias para a desocupação voluntária do imóvel”, diz na decisão da semana passada a juíza Isabela Fiel.
Além do despejo, a Tok Stok ainda entrou, há três semanas, com pedido de diminuição do valor do aluguel na 4ª Vara Civil de Taubaté, no interior de São Paulo, e obteve redução em 80% na locação mensal paga. Os pedidos foram feitos, via ação judicial, para a LPF Sociedade Gestora e Incorporadora de Bens Imóveis Ltda e para a Buquira Empreendimentos e Participações Ltda.
No processo, a Justiça afirma que, nos comparativos diretos de dados de mercado apontaram como “justo” os valores de locação na faixa entre R$ 70 mil e 80 mil, abaixo dos valores pagos pela empresa. Foi fechado valor em R$ 78 mil
Sobre o tema do despejo, a Iguatemi informa que não comenta relações comerciais com seus lojistas. A SPX, que assumiu as operações da gestora Carlyle no Brasil, controladora da rede de varejo, não se manifestou até o momento.
Varejista pode estender dívida e receber capitalização de R$ 100 mi
A Tok&Stok pode estar próxima de um acordo que pode ajudá-la no encerramento da sua crise financeira, segundo informações do “Valor”. A varejista deve estender a sua dívida com credores nas próximas semanas e receber uma injeção de capital de R$ 100 milhões do fundo de private equity Carlyle.
O fundo, absorvido pela gestora SPX, detém atualmente 60% da Tok&Stok, posição que pode aumentar se a nova capitalização diluir os outros acionistas. Entre eles, está a família Dubrule, fundadora da rede varejista especializada em móveis e artigos de decoração.
No início deste ano, a varejista contratou a Alvarez & Marsal para ajudá-la a renegociar suas dívidas, além do escritório de advocacia Felsberg, especializado em reestruturação, também está envolvido no caso. Ao todo, a empresa deve aproximadamente de R$ 600 milhões aos bancos credores.
Ainda de acordo com a publicação, uma fonte ligada a um dos credores informou que é provável que os bancos concedam o prazo de extensão e realizem algum aporte para ajudar a sanar a empresa.