Veja 5 fundos com melhores e piores retornos em 2021

Os fundos que compõem o IFIX foram agrupados em um ranking pela pela 2 Investe, plataforma da Quantum

A alta nos juros e na inflação prejudicaram diversos setores do mercados, e os Fundos Imobiliários são um dos afetados. O setor viu seus resultados serem pressionados em 2021 frente a esse avanço, além do cenário político e sanitário no país não ter contribuído para um bom desempenho no período.

Os fundos que compõem o IFIX foram agrupados em um ranking pela 2 Investe, plataforma da Quantum, com o objetivo de revelar quais obtiveram os melhores e piores retornos no último ano.

Ao concluir a análise, a plataforma observou que todos os fundos selecionados dentre os melhores são de Renda Fixa. O analista da Toro Investimentos, João Vítor Freitas, explicou que “esses fundos são compostos por títulos atrelados ao CDI ou alguns índices de inflação, por isso eles ganham com a alta de juros e inflação”.

O primeiro lugar da lista foi para o Urca Prime Renda FII (SA:URPR11), com resultado de 42,53%. Logo em seguida aparece o Devant Recebíveis Imobiliários (SA:DEVA11), com retorno de 24,91%. O pódio fica completo com a Kinea Rendimentos Imobiliários (SA:KNCR11), tendo registrado 23,63%. A Valora Re III (SA:VGIR11) conquistou o quarto lugar, com 23,50%. A quinta posição é da Kinea Securities (SA:KNSC11), com retorno de 20,27%.

Para Freitas, o ranking surpreende ao mostrar que dois fundos com melhores resultados possuem um high yield, ou seja, são compostos por papéis de risco mais altos e por isso pagam taxas maiores também. 

Já o terceiro fundo, por exemplo, detém um high grade, com emissores de primeira linha. “Para 2022, espero que os fundos de papéis continuem desempenhando bem, já que os juros e a inflação devem permanecer altos”, pontuou o analista.

Afastando-se dessa margem estão principalmente os fundos de tijolos ou fundos de fundos, donos dos piores retornos em 2021.

“Existe uma correlação negativa. Quanto maior a taxa de juros, melhor a renda fixa tende a desempenhar porque o custo de oportunidade sobe, o que como consequência traz um efeito negativo para os fundos de tijolos e de fundos de fundos”, disse o especialista da Toro.

Segundo Freitas, outro fator que teria impactado os retornos de fundos de fundos seria o fato de que parte dos dividendos que eles geram vem da gestão ativa do ganho de capital da compra e venda de papéis. “Quando o mercado está em queda, esse ganho de capital é mais difícil e isso é precificado no valor do fundo”, comentou.

O pior desempenho no passado ficou com o fundo XP Corporate Macaé (SA:XPCM11), com um retorno de -49,86%. Em segundo lugar está More Real Estate FoF FII (SA:MORE11), com -25,46%, seguido do Fundo de Fdo Inv Imob Kinea FII (SA:KFOF11), com -21,68%. Na sequência aparece o Santander (SA:SANB11) Renda de Alugueis Fii (SA:SARE11), com -21,23%, e Bradesco (SA:BBDC4) Carteira Imobiliária Ativa (SA:BCIA11), com -19,09%.

O analista acredita que o mercado não se surpreendeu com a atuação  negativa do Macaé. “É uma figurinha carimbada já. O fundo está com o imóvel vago e as perspectivas não são positivas”.

Apesar do resultado, o ano de 2022 promete ser positivo para os fundos de tijolos e de ações devido a uma maior normalização e previsibilidade dos indicadores econômicos, acrescenta Freitas. A expectativa é de que haja uma recuperação dos ativos que estão descontados, mesmo que ainda existam alguns percalços a serem enfrentados com a pandemia da covid-19.

Com informações do Investing.