O número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 9,8% no primeiro semestre de 2023, frente ao mesmo período de 2022, segundo os dados do indicador ABRAINC-FIPE.
Frente ao cenário desafiador da economia brasileira, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) se destacou e apresentou uma grande força nas vendas, com um aumento de 22,8%, em comparação ao mesmo período em 2022. As vendas de imóveis do programa MCMV, por sua vez, registraram um crescimento de 4,2% nas vendas.
Nesse sentido, as melhorias implementadas durante o ano, já refletiram em um aumento na quantidade de lançamentos no segmento, que teve apresentou uma alta de 17,2% no primeiro semestre. O que pode resultar em um forte aumento das vendas do segmento nos próximos meses.
Por outro lado, os lançamentos no segmento de Médio e Alto Padrão registraram uma forte queda de 59,4% de lançamentos no intervalo, fortemente pressionados pelas altas das taxas de juros, que prejudicaram o acesso aos financiamentos imobiliários pelo SBPE (Sistema Brasileiro Poupança e Empréstimos), inviabilizando a compra de imóveis para compradores de média renda.
Para o presidente da Abrainc, Luiz França, os números do 1S23 refletem as dinâmicas do mercado imobiliário brasileiro e a importância de programas de habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida, para combater o déficit de moradias. França também destaca que, no momento, o principal empecilho para o setor é a alta taxa Selic.
“O primeiro semestre de 2023 se caracterizou pelo crescimento notável das vendas no mercado imobiliário brasileiro, apesar de uma queda nos lançamentos. Esperamos para os próximos meses um grande crescimento no mercado da habitação popular. Precisamos de alternativas para diminuir o custo de funding para os compradores de média renda. Desse modo, o mercado imobiliário vai seguir com o desafio de gerar empregos e combater o déficit habitacional”, finaliza o executivo.
Taesa (TAEE11) anuncia emissão de R$ 800 milhões em debêntures
A Taesa (TAEE11) emitiu comunicado na noite de segunda-feira (25) informando que vai emitir R$ 800 milhões em debêntures.
As emissões serão separadas em três séries. A primeira, com vencimento em 10 anos, terá rentabilidade de 5,87% ao ano e será de R$ 327,8 milhões. A segunda série pagará 6,06% em 12 anos, no valor de R$ 86,2 milhõeS. a terceira, será de R$ 385,9 milhões e terá remuneração de 6,27% ao longo de 15 anos.
Os bancos XP, Santander, Itaú BBA e Safra são os coordenadores da oferta e vão trabalhar na circulação dos papéis no mercado.
Segundo a empresa, os recursos captados serão utilizados em investimentos, reembolso de gastos ou despesas relacionadas aos projetos Novatrans, Ananaí, Pitiguari e Saíra.