Consumo tímido

Vendas no varejo recuam 1,8% em abril

A queda nas vendas ocorreu pressionada tanto pelos segmentos de bens não duráveis (-3,4%) e bens duráveis (-1,7%)

Vendas do varejo
Vendas do varejo / Agência Brasil

A Cielo afirmou que as vendas no varejo nacional em abril registraram uma queda de 1,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, em termos já deflacionados, conforme dados coletados pela companhia de meios de pagamento junto à sua base de clientes.

A queda nas vendas foi influenciada tanto pelos segmentos de bens não duráveis, que apresentaram uma redução de 3,4%, quanto pelos bens duráveis, que registraram uma queda de 1,7%.

Conforme os dados da empresa, todas as regiões do País registraram uma queda nas vendas em abril, em termos deflacionados, com destaque para um recuo de 4,1% no Norte e de 2,8% no Sul.

“A retração do varejo em abril está associada à queda no faturamento de importantes segmentos da economia brasileira, como vestuário, mercados e restaurantes”, disse o vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, Carlos Alves, em comunicado à imprensa.

Varejo: vendas devem crescer mais de 2% no 2º semestre

As vendas no varejo deverão mostrar crescimento no segundo semestre do ano, aponta o Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo).

O varejo restritivo, que não inclue veículos e material de construção, deve avançar 2,1% de abril a junho, enquanto o varejo ampliado, que inclui esse setores, crescerá um pouco mais (2,5%).

Ainda de acordo com as projeções do instituto, as vendas de Artigos para uso pessoal devem liderar as altas, com 8,5% de incremento, seguidas pelo segmento de Tecidos e Calçados, com crescimento de 3,7%, Veículos (3,5%), Material de construção (2,5%) e Artigos farmacêuticos (2,1%).

Já para o segmento de Alimentos, Supermercados, Material de escritório e Combustíveis, a estimativa é de estabilidade. As vendas nos segmentos de Livros, jornais e revistas são as únicas que devem cair, com estimativa de recuo de 2,0%.

Através de nota, o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni, explicou que o movimento de recuperação nas vendas deve-se à redução da inflação e seus efeitos sobre a massa real de pagamentos.

“Entretanto, a taxa de juros na ponta continua muito elevada travando obviamente uma expansão mais vigorosa”, ressalta Claudio.