Luiz Stuhlberger

Verde: avanço da agenda de isenção do IR será colocada nos preços

No Brasil, a valorização do real, a alta do Ibovespa e a queda das taxas de juros futuras ao longo dos vencimentos foram vistas como movimentos temporários

Foto: Divulgação
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O fundo multimercado Verde, liderado por Luiz Stuhlberger, fechou o primeiro mês de 2025 com valorização de 1,64% nas cotas, superando o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que avançou 1,01% no período.

Segundo a carta mensal distribuída a investidores, os ganhos foram impulsionados por posições em inflação norte-americana, estratégia de juros no Brasil e operações de trading, que compensaram as perdas com o renminbi chinês e a posição “vendida” — apostando na baixa — na bolsa brasileira.

No Brasil, a valorização do real, a alta do Ibovespa e a queda das taxas de juros futuras ao longo dos vencimentos foram vistas como movimentos temporários, motivados por fatores técnicos. O fundo destacou que o mercado encerrou 2024 com um posicionamento bastante pessimista no câmbio e nos juros, e que a ausência de notícias negativamente impactantes gerou um alívio momentâneo nos preços.

“Sem notícias incrementalmente negativas, vimos até aqui uma descompressão deste posicionamento, que permitiu que os preços melhorassem”, afirmou a equipe da Verde, de acordo com o Valor. “Esperamos que, conforme a agenda de aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda volte à tona nos próximos meses, o mercado retome o olhar para a frágil situação fiscal do país e demande prêmios de risco maiores.”

Verde: desvalorização cambial levará os juros a ‘patamares esquecidos’

Em análise recente sobre o cenário econômico atual, o fundo Verde acredita que o ambiente que balizou suas posições ainda foi desafiador para os mercados brasileiros em dezembro. A equipe prevê que a pressão inflacionária da desvalorização cambial será sentida ao longo de 2025 e forçará o BC (Banco Central) a levar os juros “para patamares que considerávamos esquecidos”.

O fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, CEO executivo-chefe de investimentos da Verde Asset Management, teve ganhos de 2,20% em dezembro e encerrou 2024 com valorização de 12,10%, acima dos 10,87% do CDI. 

O ano passado foi desafiador para o segmento de multimercados, mas a Verde, pelo terceiro ano consecutivo, ficou acima do referencial de mercado.

“A reiterada opção pelo populismo fiscal revelada em novembro cobra um preço alto, e se não fosse a forte intervenção do Banco Central no mercado cambial, teria sido maior ainda”, escreve o time de gestão.

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