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Via Mobilidade emite debêntures bilionários; veja valores

Essa redução foi liderada pela queda de quase 56% no volume obtido por meio das debêntures

A Via Mobilidade, operadora das linhas 8 e 9 do Metrô de São Paulo, comunicou através de um Fato Relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta segunda-feira (19), a aprovação da 4ª emissão de debêntures simples. 

Essas debêntures não são conversíveis em ações e são da categoria com garantia real, além de possuírem garantia adicional fidejussória sob condição suspensiva. Serão emitidas em série única, com valor nominal unitário de R$ 1 mil na data de emissão, e destinadas à distribuição pública sob o rito de registro automático de distribuição, em regime de garantia firme de colocação, totalizando um montante de R$ 1,25 bilhão.

O prazo de vencimento das debêntures será de 6.575 dias a partir da data de emissão, o que significa que vencerão em 15 de janeiro de 2042, exceto nos casos de resgate antecipado facultativo total, oferta de resgate antecipado, aquisição facultativa, aquisição obrigatória, resgate antecipado obrigatório e vencimento antecipado das debêntures.

Investimentos em debêntures caem mais de 50% em janeiro

Em janeiro, ocorreu uma diminuição no montante de recursos angariados pelas empresas no âmbito do mercado financeiro. As operações concluídas durante o mês totalizaram R$ 20,71 bilhões, representando uma queda de 22% em comparação com o mesmo período de 2023. Esses dados foram divulgados na última sexta-feira pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Essa redução foi liderada pela queda de quase 56% no volume obtido por meio das debêntures, totalizando R$ 8,28 bilhões. Além disso, o prazo médio desses títulos também diminuiu, passando de 7,8 anos em dezembro para 5,8 anos em janeiro.

As debêntures incentivadas, que proporcionam isenção fiscal aos investidores pessoa física, movimentaram R$ 2,64 bilhões no primeiro mês de 2024, abaixo dos R$ 2,89 bilhões emitidos em janeiro do ano anterior.

No mês anterior à decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de restringir as ofertas de títulos incentivados, como letras de crédito e certificados de recebíveis imobiliários (LCI CRI) e do agronegócio (LCA CRA), entre outros, houve um aumento nos volumes captados com instrumentos de securitização.

As ofertas de CRI totalizaram R$ 3,59 bilhões, registrando um aumento de 283,9% em relação a janeiro de 2023, enquanto os certificados do agronegócio avançaram 110,9%, atingindo R$ 1,52 bilhão. Em relação aos fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), houve um crescimento no volume de 34,2%, totalizando R$ 2,96 bilhões.

Do montante total, os títulos de renda fixa representaram quase 85% das emissões no mercado de capitais em janeiro. O restante corresponde às ofertas de títulos híbridos, como Fiagro e fundos de investimento imobiliário (FII). A Anbima destacou que não houve encerramento de ofertas de títulos de renda variável durante o mês.