Via (VIIA3) irá ocupar espaço deixado pela Americanas, diz CEO

O CEO da Via rebateu as análises que apontaram Magalu como a principal beneficiada com a crise da Americanas

De acordo com o CEO da Via (VIIA3), Roberto Fulcherberguer, a companhia irá capturar o vácuo deixado pela Americanas (AMER3) no varejo. 

“A cada trimestre vamos demonstrar que, de fato, somos grandes capturadores desse vácuo que está se deixando no mercado. Não tem como dado tudo o que estamos fazendo e toda a nossa conexão com o consumidor, uma grande parte desse mercado não vir para nós”, disse Fulcherberguer em entrevista ao “Brazil Journal”.

Além disso, o executivo rebateu as análises de vários especialistas que apontaram Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre (MELI34) como as principais beneficiadas pela crise da Americanas. Fulcherberguer recordou que a Via era líder do setor varejista quando o Walmart saiu do Brasil e a Máquina de Vendas reduziu drasticamente sua operação.

“Naquele momento, a Via era o maior varejo do País e era o maior doador de share por conta da estratégia que estava posta na época, com os erros estratégicos que tinham. Em junho de 2019, mudamos completamente a companhia. Então, hoje, somos o maior capturador de share. Agora, óbvio que na hora que o mercado olha para trás, ele se mira muito no que aconteceu e não enxerga isso”, afirmou.

Na visão do CEO da Via, o ano de 2023 está mais propício para a companhia de varejo aumentar sua participação de market share.  

“Acho que é um ano mais difícil de crescimento de mercado, mas é um ano em que ficou mais fácil aumentar participação de market share. Seja pelo evento da recuperação judicial ou dos outros players também. Vamos para um ano de grande market share com responsabilidade”, completou. 

Nesta segunda-feira (13), por volta das 16:50 (de Brasília), as ações da Via avançavam 3,90%, cotadas a R$ 2,13. 

BTG (BPAC11) diz que foi vítima de fraude em crise da Americanas

O CEO do BTG Pactual (BPAC11), Roberto Sallouti, afirmou nesta segunda-feira (13) que o banco foi vítima de uma fraude corporativa, se referindo ao caso da Americanas (AMER3). Em teleconferência sobre os resultados da companhia no quarto trimestre de 2022, o executivo não citou a varejista nominalmente.

Na lista de credores da Americanas, o BTG Pactual aparece com R$ 3,5 bilhões a receber da empresa em recuperação judicial. No balanço divulgado nesta segunda-feira, o banco de André Esteves revelou ter feito uma provisão não-recorrente de R$ 1,2 bilhão.

Com as provisões, o BTG deixou de lucrar R$ 580 milhões no trimestre e o retorno sobre patrimônio (ROAE, na sigla em inglês), que seria de 22%, ficou em 16,7%.