Via (VIIA3) tem prejuízo de R$ 297 milhões no 1T23

A Via reverteu o lucro de R$ 18 milhões reportado no mesmo período do ano passado

A Via (VIIA3), divulgou na última quinta-feira (4) seu balanço do primeiro trimestre de 2023. A dona das marcas Casas Bahia e Ponto reportou prejuízo líquido de R$ 297 milhões entre janeiro e março, revertendo o lucro de R$ 18 milhões reportado no mesmo período do ano passado.

Já a receita líquida totalizou R$ 7,3 bilhões nos primeiros três meses deste ano, ante R$ 7,39 bilhões reportados no mesmo trimestre de 2022.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Via, por sua vez, somou R$ 675 milhões entre janeiro e março.

No primeiro trimestre de 2023, o volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) cresceu 10,3% nas lojas físicas, chegando a R$ 5,5 bilhões. No entanto, o segmento online recuou 12% no mesmo período, para R$ 3,3 bilhões.

No online, a Via reportou no seu negócio próprio (1P) uma redução de 15% do GMV, que ficou em R$ 3,4 bilhões. Já no marketplace (3P), com presença de parceiros, houve crescimento de 25,6%, com o GMV chegando a R$ 1,5 bilhão.

As despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 1,75 bilhão no primeiro trimestre deste ano, alta de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Via, o resultado é explicado pelo aumento dos gastos com provisão para devedores duvidosos (PDD) no crediário.

No crediário, a carteira ativa cresceu 4% no ano, chegando a R$ 5,4 bilhões, com o PDD em R$ 611 milhões. A perda sobre carteira ficou em R$ 241 milhões, ante R$ 183 milhões no mesmo período de 2022.

Além disso, a Via registrou resultado financeiro negativo de R$ 832 milhões, ante R$ 489 milhões reportados um ano antes. A companhia fechou março com uma dívida líquida de R$ 550 milhões.

Via (VIIA3), dona da Casas Bahia, vai trocar CEO

A Via (VIIA3), detentora das varejistas Casas Bahia e Ponto, anunciou no último mês seu novo CEO. A companhia contratou Renato Franklin para a função, substituindo Roberto Fulcherberguer, que está no cargo há três anos e meio.

Renato assumiu o comando da companhia em 1 de maio. A decisão de substituir Fulcherberguer partiu da convicção do conselho de que os desafios da companhia estão diante de um novo ciclo.

Fulcherberguer – que já havia trabalhado duas décadas na Via reportando-se a Samuel e Michael Klein – voltou ao comando da Via em julho de 2019, quando um grupo de investidores liderado por Michael comprou o controle da companhia num follow-on que deu saída ao Grupo Casino.