A Via (VIIA3), dona da Casas Bahia e do Ponto, comunicou ao mercado na noite desta quinta-feira (10), os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). A varejista reportou um prejuízo líquido de R$ 492 milhões, montante pior do que R$ 432 milhões projetados pelo consenso da Refinitiv.
As ações da Via, subiam 6,02%, a R$ 1,94, por volta das 12h15 (horário de Brasília) do pregão desta sexta-feira (11), liderando as altas da bolsa de valores, após a divulgação dos resultados.
Nesse contexto, a Via reverteu o lucro de R$ 6 milhões do segundo trimestre do ano passado. Por outro lado, a receita líquida da varejista ficou em R$ 7,4 bilhões, em linha do consenso e frente a R$ 7,6 bilhões em igual intervalo do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado fechou entre abril e junho, em R$ 469 milhões contra o consenso de R$ 451 milhões e R$ 690 milhões reportado no ano passado
Faturamento da Via
Vale destacar que, o mercado já antecipava um desempenho financeiro anual mais desfavorável. Sendo assim, a situação macroeconômica mais desafiadora levou os analistas a revisarem para baixo suas previsões de receita líquida.
No segmento de e-commerce, o volume bruto de vendas (GMV), reportou uma queda de 5,1% em comparação ao ano anterior, totalizando R$ 3,5 bilhões.
Desse modo, a Via justificou essa redução no relatório divulgado com os resultados, como efeito da redução do mercado e de um ambiente mais restritivo para as compras online. Por outro lado, no âmbito do marketplace, a Via alcançou um GMV de 1,5 bilhão, representando um aumento de 9% em relação ao ano anterior.
Nas lojas físicas, o GMV atingiu a marca de R$ 6 bilhões, um aumento de 1,6% ao longo do ano. O crescimento foi impulsionado pela retomada gradual da economia após o período de pandemia de Covid-19.
Além disso, parte do mercado também aguardava uma progressão positiva nas margens bruta e Ebitda da Via devido a um ambiente de competição mais equilibrada. No entanto, a margem bruta se situou em 28,5%, em comparação aos 32,1% do primeiro trimestre.