Os acionistas da Vibra Energia (VBBR3) aprovaram, na noite desta quarta-feira (19), durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) o aumento do capital social da companhia, no valor estimado em R$ 10 bilhões.
Sendo assim, o capital social da Vibra avançará dos atuais R$ 7 bilhões para R$ 17 bilhões. Além disso, os acionistas aprovaram mudanças nas regras de poison pill, conhecido como “pílula de veneno”, referente ao cálculo do preço por ação quando ocorrer oferta pública de aquisição de ações (OPA) por atingimento de participação relevante.
Nas regras de poison pill, obriga o investidor que vier a comprar mais de 25% do capital a fazer oferta por toda a empresa tendo como referência o preço máximo da ação nos 18 meses anteriores majorado de 15%. Além disso, será considerado o pico de preço intradiário, e não somente valores de fechamento, com correção pelo CDI até o dia de formalização da oferta.
A decisão ocorre na esteira de rumores de que a Petrobras (PETR3; PETR4) poderia recomprar a companhia, o que tem sido negado pela companhia nos últimos meses.
No Conselho de Administração da Vibra, por sua vez, os acionistas aprovaram a alteração de nove para sete no número de membros do conselho de administração e a atribuição do colegiado de designar seu presidente.
Reestrutaração e criação de vice-presidências
A Vibra (VBBR3) anunciou ao mercado em maio, uma reestruturação organizacional. A companhia criará duas novas vice-presidências e ainda nomeará um novo vice-presidente executivo de Finanças, Compras e RI.
Nesse sentido, Augusto Ribeiro será o novo vice-presidente executivo de Finanças, Compras e RI da Vibra, a partir de 3 de julho, com um prazo de gestão de dois anos.
Como vice-presidente de Energia Renovável e ESG, a Clarissa Sadock foi escolhida pela empresa. Sadock deixou o cargo de presidência da AES Brasil (AESB3), na última terça-feira (30).
Para a vice-presidência de Gente e Tecnologia, um novo cargo criado pela companhia, Aspen Andersen assumirá.
De acordo com documento publicado pela Vibra, a criação do cargo de vice-presidência de Energia Renovável e ESG, reforça o foco necessário à consolidação dos seus negócios em energias renováveis.
“Acelerando a captura de sinergias e a integração da companhia com as diversas joint ventures estabelecidas recentemente, visando materializar a estratégia de posicionamento frente aos desafios da transição energética e exigências crescentes dos padrões de ESG”, informou a Vibra.