A empresa de educação Vitru (VTRU3) contratou os bancos UBS BB e Itaú BBA para buscar um comprador ou potencial parceiro para uma possível fusão, conforme apurado pelo Pipeline.
Entre as empresas em negociação com a Vitru estão a Cruzeiro do Sul Educacional, assessorada pelo BTG Pactual, e a Yduqs, que conta com a assessoria do Morgan Stanley, de acordo com três fontes próximas ao assunto.
No caso da Cruzeiro do Sul, as tratativas envolvem uma fusão entre duas empresas de portes semelhantes, onde a governança corporativa se destaca como ponto central, visando acomodar tanto famílias quanto fundos acionistas de ambos os lados.
Já com a Yduqs, o cenário é de uma possível aquisição, tornando a discussão sobre o valor mais delicada, especialmente devido à exigência da Vitru por um prêmio na negociação.
Já ocorreram discussões sobre o preço em ambos os casos, porém ainda não há propostas vinculantes. A desvalorização das ações tem dificultado a obtenção de uma avaliação satisfatória, seja por meio de troca de papéis ou pagamento em dinheiro, segundo fontes próximas ao assunto.
Como resultado, ainda não está claro se as negociações avançarão com alguma das partes envolvidas.
Baixa liquidez de Vitru
Tanto a Vitru quanto a Cruzeiro do Sul enfrentam baixa liquidez no mercado de ações. Inicialmente listada na bolsa americana, a Vitru migrou suas negociações para a B3, porém, essa mudança não resultou em um aumento significativo no volume de transações.
Desde a forte reprecificação dos ativos do setor de educação na bolsa após a pandemia, aliada a desafios regulatórios e dificuldades na integração de aquisições, as conversas entre os grupos sobre possíveis fusões e aquisições (M&A) têm sido frequentes.
No entanto, até o momento, essas discussões não haviam avançado para a fase de propostas formais, mesmo que preliminares e não vinculantes.
Em um ano, as ações da Yduqs acumulam uma queda de 50%, enquanto a Cruzeiro do Sul sofreu uma desvalorização de 22%. Já a Vitru, desde sua migração para a B3 em junho, registra uma baixa de 30%.
Vale destacar que, quando listada na Nasdaq em 2020, suas ações eram negociadas a US$ 16, mas no momento da transferência para a bolsa brasileira, estavam cotadas a US$ 9,07.