A joalheria Vivara (VIVA3) anunciou, na sexta-feira (15), a mudança no cargo de CEO, com a saída de Paulo Kruglensky para a volta de Nelson Kaufman, fundador da empresa. Após o movimento, as ações da empresa engataram baixa e, em duas sessões, já perdeu cerca de R$ 1,27 bilhão em valor de mercado.
Os investidores foram surpreendidos com a notícia, de forma que, nem mesmo a teleconferência realizada para discutir as preocupações foi o suficiente para acalmar os ânimos sobre os papéis ordinários da Vivara (VIVA3), de acordo com o InfoMoney.
No fechamento da sessão Ibovespa desta terça-feira (19), os papéis VIVA3 encerraram com recuo de 4,13%. No acumulado, deste sexta-feira, a queda já chega a 17,58%.
Na visão do Bradesco BBI, a baixa após o evento, indica um desconforto com o ruído de governança gerado pela troca. O cenário aumenta considerando que a empresa tem tido uma das melhores execuções na Bolsa nos últimos anos.
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Confiança do mercado na Vivara (VIVA3)
Segundo o portal de notícias, o fato do mercado não ter proximidade com Kaufman, também auxiliou a levar as ações abaixo. Isso se deve, pois, quando ocorreu a IPO (oferta inicial de ações), a companhia estava sob administração de seu filho, é o que ressalta a Nord Research.
Conforme observou a Nord, Paulo Kruglensky chegou à cadeira de CEO, em 2021, e enfrentou anos desafiadores para o varejo. Ainda assim, a receita da Vivara saltou 96%, o Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – subiu 111%, e o lucro 161%.
Sob comando do CEO, segundo o veículo, os resultados da joalheria foram bons, com as ações estabelecidas em alta, valorizando 55%, somente no ano passado.
Para o Bradesco BBI, as mudanças da Vivara trazem o sentimento de incerteza que pode manter as ações pressionadas por algum tempo. No futuro, disciplina de capital e qualidade dos resultados serão as chaves para redução do risco.
