A Viver Incorporadora e Construtora (VIVR3) reportou, na última quinta-feira (10), seus resultados do terceiro trimestre de 2022. Apesar do lucro líquido de R$ 1,2 milhão, entre julho e setembro deste ano, o número representou uma queda de mais de 93% em relação ao trimestre anterior. O CEO da Viver, Ricardo Piccini, destacou a operação da Solv no período, que tem ganhado cada vez mais o protagonismo das operações da Viver.
“A Solv está tomando o protagonismo da companhia, porque temos um despejo de capital menor do que no segmento greenfield, o retorno é maior, e temos skills específicos que envolvem o negócio principal da Solv”, disse Piccini.
O CEO da Viver afirmou que a empresa pretende fazer novas aquisições, no curto e médio prazo, dentro da Solv. Segundo Piccini, a operação de debêntures conversíveis foi feita, justamente, para suportar parte das aquisições desse pipeline.
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Além disso, Piccini também destacou que a resolução da dívida do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), de R$ 210,6 milhões, o maior passivo da companhia, deve melhorar os resultados da empresa nos próximos trimestres.
“Com muito orgulho que falamos da assinatura do acordo da resolução da dívida do FGTS. A resolução deve refletir ao longo dos próximos trimestres na companhia. Isso deve ocasionar uma virada no patrimônio. Ter o patrimônio positivo é muito importante para uma incorporadora e isso deve melhorar bastante o cenário de crédito da companhia”, disse Piccini.
Perguntado sobre a possibilidade de pagamento de dividendos em um futuro próximo, Piccini afirmou que a empresa ainda está “na terceira etapa de expansão” e, por isso, com o aumento do volume de projetos, a companhia demanda capital, o que acaba limitando a possibilidade de distribuição de proventos, por enquanto.
“A debênture é destinada para essa etapa de crescimento. Dividendos a gente acredita muito. O mercado de capitais precifica muito bem os dividendos, mas estamos em um ciclo anterior ao pagamento de dividendos. Em mais ou menos 2 anos, podemos começar projetar pagar dividendos. A gente persegue esse ponto”, disse Piccini.
Planos da Viver para não cometer erros que levaram ao endividamento
Piccini disse, em resposta aos espectadores do call de resultados, que a empresa, hoje, conta com três vertentes importantes para não cair em problemas financeiros, como aconteceu no passado.
O primeiro passo é testar os modelos de negócio, como foi feiot com a Solv.
“Não adianta colocar tudo em um novo negócio, como foi feito com o segmento de baixa renda, lá atrás, e alocar tudo sem testar”, disse Piccini.
Além disso, o CEO da Viver destacou que é necessário manter o indicador de alavancagem em níveis saudáveis.
“Hoje tomamos muito cuidado com esse indicador, tanto que fora a dívida do FGTS, agora estamos captando uma dívida de equity, que é conversível. A gente toma muito cuidado com excesso de alavancagem”, disse Piccini.
“O excesso de alavancagem em um momento de incerteza da economia pode acarretar corroer suas margens e o seu equity e pode carregar mais risco do que o devido. Por isso, somos muito disciplinados com rentabilidade, como lidamos com ativos alternativos, somos disciplinados com avaliações de riscos e por aí vai”, finalizou o CEO da Viver Incorporadora.