Vivo (VIVT3) terá dividendos fracos em 2023, diz BTG (BPAC11)

Segundo BTG, a Vivo terá dificuldades em remunerar seus acionistas após a aquisição da Oi

A Vivo (VIVT3) deverá apresentar dividendos mais fracos em 2023, segundo o BTG Pactual (BPAC11) nesta quinta-feira (29). De acordo com o banco, a operadora terá dificuldades em remunerar seus acionistas após a aquisição da Oi (OIBR3). 

Em relatório, o BTG afirmou que a compra dos ativos da Oi, a inflação e a alta taxa de juros fizeram com que os lucros da Vivo caíssem no primeiro semestre do ano, o que pode atrapalhar os próximos balanços da empresa. 

A instituição financeira estima que o pagamento anual de dividendos da Vivo deve ser de R$ 4,6 bilhões em 2022, R$ 3,5 bilhões em 2023 e R$ 5,1 bilhões em 2024.

Além disso, o banco manteve recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo das ações da empresa de R$ 64 para R$ 50.

Por volta das 16:10 (de Brasília), os papéis da Vivo caíam 1,10%, cotados a R$ 40,30.

Vivo (VIVT3) teve queda de 44,6% no lucro do 2T22

A Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3), registrou um lucro de R$ 746 milhões entre abril e junho, uma queda de 44,6% na comparação anual. A projeção da Refinitiv era que a companhia tivesse lucrado R$ 1,145 bilhão no segundo trimestre.

A receita líquida cresceu 11,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. A receita fixa total manteve o desempenho positivo, com alta de +1,7% em relação ao segundo trimestre de 2021, com destaque para a receita de FTTH (fibra para casa), que cresceu 23,7% na base de comparação.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 4,578 bilhões, avanço de 8,3% na comparação anual, em função do desempenho no segmento móvel. A projeção de Ebitda era de R$ 4,608 bilhões.

O resultado financeiro líquido da Vivo foi negativo em R$ 601 milhões no segundo trimestre de 2022, um aumento de 282,1% em relação ao mesmo período de 2021.

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