A Vivo (VIVT3) anunciou seu balanço do quarto trimestre de 2022 nesta quarta-feira (15). A companhia registrou lucro líquido de R$ 1,126 bilhão entre outubro e dezembro, recuo de 57,2% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
A receita líquida foi de R$ 12,659 bilhões no quarto trimestre de 2022, avanço de 10,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A receita com o serviço móvel foi de R$ 8,9 bilhões de reais, alta de 13,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o faturamento com serviço fixo avançou 11,9%, para R$ 2,87 bilhões.
Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 5,234 bilhões, alta de 6,1% frente ao mesmo trimestre de 2021. A margem Ebitda da Vivo atingiu 41,3% entre outubro e dezembro do ano passado, baixa de 1,5 ponto percentual na comparação com igual etapa de 2021.
Os custos operacionais, por sua vez, somaram R$ 4,819 bilhões no quarto trimestre de 2022, crescimento de 14,2% em relação ao mesmo período de 2021.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 604 milhões entre outubro e dezembro de 2022, uma elevação de 50,8% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2021.
Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida da Vivo era de R$ 16,875 bilhões contra R$ 10,443 bilhões da mesma etapa de 2021.
Vivo (VIVT3): UBS BB recomenda compra
No final de janeiro, as ações da Vivo (VIVT3) receberam recomendação de compra do banco UBS BB. A instituição financeira acredita que as empresas de telecomunicações brasileiras estão à beira de um turning point importante.
Para o UBS, há alguns motivos para ser otimista com o setor. O banco entende que, em momentos de aversão a risco, as empresas de telecomunicações, como a Vivo, tendem a performar melhor. A casa também espera que as operadoras consigam repassar a inflação este ano para os preços de seus planos.
“Além disso, os lucros devem normalizar em 2024,” escreveram os analistas Leonardo Olmos, André Salles e Lucas Chaves.
Em relatório, o UBS tentou quantificar o impacto do fim dos juros sobre o capital próprio (JCP). “Se esse benefício for removido, vemos um downside risk para os nossos valuations da Vivo e TIM de 10% para cada, já que a taxa efetiva de impostos subiria de 20% para 30%”, afirmaram os analistas.