Os papéis da Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, viraram os favoritos do Santander (SANB11) no setor de telecomunicações. Em relatório divulgado na última quinta-feira (25), os analistas da casa promoveram a companhia para o posto de top pick do setor. Além disso, o banco elevou o preço-alvo da empresa de R$ 52,00 para R$ 55,00.
Em relatório, os analistas do Santander afirmaram que o balanço do primeiro trimestre da proprietária da Vivo foi bastante positivo e negligenciado pelo mercado. “Após bons resultados no 1T23, que, a nosso ver, foram negligenciados pelo mercado, esperamos que a Vivo supere seus pares”, escreveram Cesar Davanco e Felipe Cheng.
Com isso, a dupla de analistas projeta um crescimento da receita líquida consolidada orgânica da Telefônica Brasil em cerca de 8% neste ano, número “muito acima da inflação e um recorde para a empresa”.
Além disso, o banco espanhol avalia que os fundamentos do setor de telecomunicações seguem fortes, com expectativa de um bom momento operacional até o final do ano, diante de um ambiente competitivo favorável e aumentos dos preços das linhas.
“Nosso aumento do preço-alvo é consequência de estimativas operacionais mais altas, pois revisamos as projeções de receita líquida e Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2023 para cima”, escreveram os analistas do Santander sobre a proprietária da Vivo.
Vivo (VIVT3) chegou a R$ 12 bi de receita no 1T23
A Vivo (VIVT3) registrou uma receita líquida de R$ 12,721 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 12,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A companhia telefônica também registrou um aumento no lucro líquido de 11,3% comparado com a igual etapa do ano passado, para R$ 835 milhões. O Ebitda da Vivo subiu 9,6% na mesma base de comparação anual, totalizando R$ 4,942 bilhões. A margem Ebitda recuou 0,98 ponto porcentual, para 38,9%. O fluxo de caixa operacional cresceu 23,7%, indo para R$ 3,256 bilhões.
A linha de depreciação e amortização da Vivo registrou um aumento de 6,1%, alcançando R$ 3,260 bilhões. Esse crescimento foi negativamente impactado pela depreciação dos ativos de arrendamentos e pela amortização dos ativos intangíveis adquiridos da Oi Móvel.