Mercado

Volkswagen dobra lucro no 3º trimestre de 2023, mas produção recua

Montadora teve lucro após de 4,35 bilhões de euros no terceiro trimestre de 2023

A Volkswagen teve lucro após de 4,35 bilhões de euros no terceiro trimestre de 2023, o dobro do ganho de 2,14 bilhões de euros apurado em igual período do ano passado. A informação foi anunciada nesta quinta-feira (26), data de divulgação do balanço da companhia.

O resultado da montadora alemã superou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam lucro de 3,85 bilhões de euros nos três meses analisados.

As vendas tiveram expansão anual de 3,5% no trimestre, a 2,34 milhões de veículos, enquanto as entregas avançaram 7,4%. No acumulado de janeiro a setembro, houve alta de 8% nas vendas, a 6,8 milhões de unidades.

Por outro lado, a produção trimestral caiu 2,8% ante um ano antes, a 2,17 milhões de unidades.

Plano de investimento bilionário no Brasil até 2026

Em julho, a Volkswagen anunciou um investimento de 1 bilhão de euros, que visa o crescimento na América Latina, sobretudo no Brasil, em que a companhia anseia crescer 40% até 2027.

Nesse sentido, o investimento da Volkswagen será destinado ao “desenvolvimento de motores de combustão a etanol” e ao lançamento de novos modelos, informou o grupo em comunicado.

Desse modo, o projeto visa comercializar 15 novos modelos de veículos elétricos e “flex-fuel” até 2025. Os veículos aceitam vários combustíveis e carros híbridos.

Além disso, a Volkswagen anseia lançar ainda neste ano seus primeiros modelos totalmente elétricos no Brasil, o Volkswagen ID.4 e o ID.Buzz.

Apesar da meta da fabricante alemã ser alcançar um crescimento anual de 11% no mercado automobilístico sul-americano até 2030, o progresso em direção aos modelos elétricos segue lento.

Até 2033, a participação no mercado total de veículos totalmente elétricos não passará de 4% no Brasil, segundo a Volkswagen, muito menos do que na Europa ou nos Estados Unidos.

Sendo assim, a montadora deseja avançar nesse mercado, mas por meio de “propulsões alternativas”, como os biocombustíveis. “A América do Sul, como um mercado automobilístico de rápido crescimento, é de importância estratégica para a Volkswagen”, disse Thomas Schäfer, diretor-geral da marca, citado no comunicado.

“A equipe local conseguiu redirecionar o rumo nos últimos anos e melhorar de forma duradoura a rentabilidade e a competitividade. Agora é uma questão de continuar trabalhando na posição de custos”, acrescentou o diretor da Volkswagen.

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