Os três principais conglomerados japoneses viram seus preços atingirem o patamar recorde na segunda-feira (26). Os fatores de impulso para esse avanço foram os comentários otimistas ditos por Warren Buffet, megainvestidore dos EUA, bem como a volta da inflação no cenário economico do Japão.
Os comentários positivos de Warren Buffet, foram tecidos em sua carta anual enviada aos investidores. Além disso, de acordo com o Valor Investe, os fortes lucros e expectativa de novas recompras de ações também têm auxiliado o cenário.
Ao longo das negociações nas Bolsas de Tóquio, a Mitsubishi Corp (8058; Tóquio) e a Mitsui & Co. (8031; Tóquio) subiram até 3%, enquanto a Sumitomo Corp. (8053; Tóquio) avançou até 1%, segundo informações da Nikkei Asia.
Ainda sobre a carta anual, Buffet se mostrou esperanaçoso quanto ao investimento do seu fundo em conglomerados japoneses “possa gerar oportunidades para nos associarmos em todo o mundo com cinco empresas grandes, bem geridas e respeitadas”.
Além de Warren Buffet, inflação também auxilia ações
Outros aumentos acompanharam a valorização das ações japonesas, como as empresas do comércio, que tiveram avanço de 0,3% nos preços das ações. Esse foi o maior patamar no período de quase 1 mês. Segundo o portal de notícias, o Nikkei, índice de referência da Bolsa de Tóquio, encerrou a sessão com alta recorde.
No patamar inflacionário, o índice de preços ao consumidor teve crescimento de 2,2% no mês de janeiro, frente ao mês anterior. O dado mostra uma desacelaração, visto que, em dezembro de 2023 o aumento foi de 2,65. Os níveis ainda estão acima do esperado pelo BoJ (Banco Central do Japão).
Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, comentou com o BP Money que a volta da inflação no país asiático e gerou comemorações entre os investidores. “A inflação atingiu 2,2%, os japoneses comemoram como uma normalização da economia. As Bolsas japonesas estão em máximas”, afirma.
“A inflação japonesa é vista como um sucesso, um sinal de normalização, depois de muito tempo de deflação. A pandemia empurrou um pouco, no tamanho do contexto inflacionário mundial, para que finalmente a inflação voltasse à economia japonesa”, avalia.