Analistas de bancos atualizaram suas expectativa após a multinacional brasileira WEG (WEGE3) divulgar o seu balanço do 4º trimestre de 2023. O resultado da companhia foi publicado na última quinta-feira (21).
WEG (WEGE3): Itaú BBA (ITUBA) tem perspectiva ‘morna’
O Itaú BBA (ITUBA) agora tem uma perspectiva “morna” para o faturamento da companhai em 2024. Isso vem em meio a um cenário onde o PMI industrial global está baixo e a demanda do setor reduzida, como foi sinalizado por pares da WEG (WEGE3).
A casa também declarou, em relatório, que visualiza uma tendência a queda nas margens, que pode ser impulsionada pela incorporação da Regal Rexnod (no fim de 2023) e pela demanda volátil. A organização anuncio que suas controladas indiretas, no exterior, assinaram um contrato de US$ 400 milhões com a norte-americana para a aquisição de negócios de geradores e motores elétricos industriais.
Para as ações da WEG, o Itaú BBA tem recomendação “market perform” (desempenho em linha com a média do mercado), com preço-alvo de R$ 38,50.
BTG (BPAC11) diz que as operações brasileiras têm melhores resultados
O BTG Pactual (BPAC11) declarou, em relatório, que as operações nacionais da WEG apresentaram os melhores retornos gerais. A casa acredita que os reinvestimentos sistemáticos da organização na verticalização industrial tiveram forte influência no desempenho.
“O modelo de negócios totalmente integrado garantiu os maiores retornos do grupo ao longo dos anos. Olhando para as tendências de longo prazo, o ROE implícito do Brasil apresenta a correlação mais forte com o ROE geral da WEG, mostrando o quão relevante o negócio brasileiro continua a ser”, disseram os analistas Fernanda Recchia, Lucas Marquiori e Marcelo Arazi, de acordo com a “Suno”.
“Naturalmente, isso é impulsionado pelas vantagens competitivas de longa data da empresa no mercado interno, tais como o seu processo de produção totalmente integrado e o seu posicionamento dominante no mercado. Apesar disso, o ROE histórico mostra o quanto a rentabilidade da WEG se destacou durante a pandemia, passando de 20% para perto de 30%”, acrescentaram.
O BTG tem recomendações ações de “compra” para as ações da WEG, com preço-alvo de R$ 50,00.
Goldman Sachs (GSGI34) revisou margem Ebitda da WEG para cima
Analistas do Goldman Sachs (GSGI34) também ajustaram suas expectativas após o balanço. A instituição revisou a margem Ebitda da companhia para cima em 2024/2025, sob a crença de que seu crescimento pode registrar possível rigidez e levar mais tempo para retornar a normalidade.
“Embora as margens tenham surpreendido positivamente e apontem para uma normalização mais lenta do que o esperado anteriormente nos próximos anos, observamos que 2024 deverá ser impactado pelo aumento da alíquota de imposto da Weg à luz da nova regra de preço de transferência promulgada no Brasil, e deve resultar em apenas um crescimento baixo à médio de um dígito no lucro líquido, apesar do nosso crescimento esperado nas receitas”,declararam os analistas Bruno Amorim, Guilherme Martins e João Frizo.
A entidade manteve sua recomendação “neutra” para ações da Weg, com preço-alvo de R$ 38,80.