A temporada de anúncios de resultados do segundo trimestre de 2023 começa nesta quarta-feira (19). A primeira empresa a reportar o seu desempenho durante o período será a WEG (WEGE3), e segundo analistas ouvidos pelo BP Money, apesar dos desafios encontrados nos últimos meses, os números podem surpreender positivamente.
O analista de investimentos do Andbank, Fernando Bresciani, teceu elogios à empresa, mas ponderou que um item merece destaque no relatório que será divulgado ao longo do dia.
“É uma excelente empresa global. O que a gente vê é uma economia global que tende a desacelerar, então fica a dúvida de como vai ficar a carteira de pedidos e saber como vão ficar as encomendas no ciclo curto e no ciclo longo”, destacou Bresciani.
“Hoje as ações da WEG operam entre as maiores altas percentuais na B3 em meio a expectativas positivas do mercado para os resultados do segundo trimestre da fabricante de motores elétricos”, corrobora o estrategista-chefe da Diagrama Investimentos, Ricardo Leite.
A expectativa do porta-voz do Head de Alocação da InvestSmart, Gustavo Badia, é de que a WEG reporte crescimento de receita líquida em alta, refletindo a diversificação de áreas de atuação e da carteira de pedidos construída ao longo dos últimos anos. “Destaque para um dólar mais enfraquecido, que prejudica o valor das exportações, porém essa fraqueza deve ter sido compensada por uma alta no volume de entrega para clientes estrangeiros”, avalia.
Na terça (18), véspera da divulgação do resultado, as ações da fabricante de motores fecharam o pregão do Ibovespa com alta de 1,81%, cotadas a R$ 35,94.
Números
É consenso no mercado que a WEG reporte números positivos no 2T23. O assessor de investimentos da Miura Investimentos, Pedro Friedmann, traz alguns números que devem estar próximos do que será divulgado nesta quarta.
“O crescimento da empresa vem desacelerando, porém continua acima dos 2 dígitos. Estamos com expectativa de 5% à frente do esperado sobre o Ebitda e resultados financeiros do 2T23, com relação à receita da WEG no 2T, estima-se algo em torno de R$ 8,04 bilhões, crescendo 12% na base anual, estando em linha com consenso e comparando com um crescimento médio histórico de 15% na mesma base de comparação. A projeção do EBITDA é R$ 1,74 bilhões, 39% de alta na comparação, 3% acima do consenso, margem de 21,7%, já o lucro líquido, que seria o lucro operacional, descontando juros, impostos, depreciação e amortização, a expectativa é R$ 1,4 bilhões, 49% acima do comparativo anual”, resumiu.