Efeito DeepSeek

WEG (WEGE3) derrete 8%, mas XP vê oportunidade de compra

Na avaliação da casa, a novidade da DeepSeek gera incertezas sobre gastos com a infraestrutura de inteligência artificial, o que tem afetado a WEG

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As ações da WEG (WEGE3) chegam a desabar mais 8% na sessão desta segunda-feira (27) no Ibovespa, após seis altas seguidas, período em acumulou uma valorização de quase 8%. A razão disso é a repercussão da nova tecnologia chinesa DeepSeek, que gera preocupação no mercado. 

O analista Lucas Laghi, da XP, explicou que a DeepSeek gera apreensão não apenas sobre as empresas de tecnologia dos EUA, mas também com fabricantes de equipamentos como Siemens Energy e Schneider, devido às incertezas sobre gastos necessários com a infraestrutura de inteligência artificial.

Uma plataforma gratuita foi lançada pela startup chinesa lançada na semana passada, afirmando ter utilizado menos dados por uma fração do custo dos modelos das empresas já estabelecidas, possivelmente marcando um ponto de virada no nível de investimento necessário para a IA.

“A princípio, leitura negativa para a WEG, dado que T&D [Transmissão e Distribuição] acaba sendo a grande avenida de crescimento da companhia no curto-prazo”, afirmou o analista da XP em comentário a clientes, reiterando, porém, “que tudo ainda é muito incerto”, de acordo com a “Reuters”.

No quesito downloads na App Store a DeepSeek já ultrapassado o rival norte-americano ChatGPT nesta segunda-feira, pois oferece uma opção mais viável e barata de IA, levantando dúvidas quanto a sustentabilidade do nível de gastos e investimentos em IA por empresas ocidentais, incluindo Apple (AAPL34) e Microsoft (MSFT34).

WEG (WEGE3) se torna a 3ª empresa mais valiosa da Bolsa brasileira

Um marco histórico foi alcançado pela WEG (WEGE3) ao ultrapassar a Vale (VALE3) e consolidar-se como a terceira maior empresa de capital aberto em valor de mercado da Bolsa de Valores do Brasil

A companhia atingiu um valor de mercado de R$ 223,4 bilhões, enquanto a gigante do minério de ferro segue com valor estimado em R$ 219,9 bilhões.

O consultor de dados financeiros de mercado da Elos Ayta, Einar Rivero, analisou que essa mudança sinaliza uma dinâmica de mercado que favorece empresas com modelos de negócios diversificados e presença global.

A posição já vinha sendo disputada entre a Vale e a WEG desde dezembro de 2024. Naquele período, durante seis pregões, a fabricante catarinense assumiu a frente, marcando um momento simbólico. 

Mais a frente, em janeiro de 2025, a liderança foi consolidada, o que reforçou a relevância da WEG no cenário corporativo brasileiro. 

O ranking das empresas mais valiosas da Bolsa brasileira é liderado pela Petrobras (PETR4) atualmente, com um valor de mercado de R$ 506,7 bilhões, seguida pelo Itaú Unibanco (ITUB4), avaliado em R$ 284,5 bilhões. 

Com a nova colocação, a WEG mostrou que sua estratégia de diversificação e inovação é capaz de enfrentar os altos e baixos do mercado, segundo o “InfoMoney”.

A mudança de olhar do mercado pode ser explicado pelo desempenho das ações das duas empresas em 2024, quando a Vale enfrentou uma queda de 22,8% no valor de suas ações, ao passo que a WEG viveu uma alta de 45,53%, com impulso da atuação em mercados internacionais e pela expansão em setores como automação industrial e energia renovável.