Mercado

Weg (WEGE3) deve ser a mais beneficiada com programa industrial, diz XP

O propósito do plano é modernizar o parque industrial visando aumentar a competitividade da indústria no cenário internacional

Em resposta ao lançamento do Nova Indústria Brasil, um novo programa de estímulo à indústria brasileira que visa disponibilizar um montante de R$ 300 bilhões até 2026, a XP (XPBR31) ressaltou, em um relatório divulgado aos clientes e ao mercado, que a Weg (WEGE3) é a empresa que deverá obter os maiores benefícios desse programa.

De acordo com a XP, companhias do setor de autopeças, tais como Marcopolo (POMO4), Randon (RAPT4) e Tupy (TUPY3), juntamente com a Aeris (AERI3), são outras empresas que devem ser beneficiadas pelo programa Nova Indústria Brasil.

O propósito do plano é modernizar o parque industrial visando aumentar a competitividade da indústria no cenário internacional. O governo destaca que para alcançar esse objetivo, é necessário aumentar a produtividade.

“Vemos o plano seguindo tendências do setor, como digitalização, descarbonização e mobilidade limpa, com objetivos específicos de promover conteúdo nacional em cadeias produtivas, como ônibus elétricos e energias renováveis”, completa a XP.

Às 12h20 (de Brasília), as ações da Weg caiam 0,56%, a R$33,57, enquanto as preferenciais da Marcopolo ganhavam 1,89%, a R$7,54 e as da Randon perdiam 0,77%, a R$11,67. Os papéis da Tupy registravam alta de 0,81%, a R$26,24.

CNI: nova política industrial fomentará neoindustrialização

A nova estratégia industrial do governo, apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira (22), foi bem avaliada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Para a CNI, a iniciativa é positiva por focar em desenvolvimento sustentável, investimento em produtividade e inovação e comércio exterior. A Confederação ainda avalia que o governo brasileiro está no caminho certo ao lançar uma nova política de neoindustrialização, a Nova Indústria Brasil, que será implementada no país nos próximos 10 anos.

Vice-presidente da CNI e representante da entidade na cerimônia de lançamento, Leonardo de Castro ressaltou a importância de contar com o setor público no processo de retomada da indústria brasileira e reafirmou o compromisso da CNI com a agenda. “Esse é o anúncio de uma política pública moderna, que redefine escolhas para o desenvolvimento sustentável, com mais investimento, produtividade, exportação, inovação e empregos, por meio da neoindustrialização”, disse.

“A indústria brasileira precisa de instrumentos modernos e semelhantes aos que promovem a indústria nas nações líderes. É preciso recolocar a indústria no centro da estratégia de desenvolvimento, para que possamos retomar índices de crescimento maior e poder ofertar um caminho consistente e alinhado com o que os países desenvolvidos fazem”, completou.

Diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi avaliou a nova política industrial como muito positiva. Para ele, o conjunto de programas inseridos nas missões de política industrial têm potencial para permitir que o Brasil aproveite as oportunidades trazidas pela necessária descarbonização da economia, permitindo que o setor industrial brasileiro lidere o processo de desenvolvimento sustentável com inclusão social e redução das desigualdades.

“Nós vemos no mundo hoje uma grande janela de oportunidade para a descarbonização das cadeias produtivas brasileiras em torno da indústria verde, num contexto em que o Brasil apresenta diversas oportunidades. Temos vantagens para avançar nas atividades econômicas que mais agregam valor, como as economias desenvolvidas têm feito por meio de políticas industriais modernas”, afirma.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile