Para o Itaú BBA, investidores que precisam se expor ao Brasil devem escolher a WEG (WEGE3). Na visão do banco, a empresa é a melhor opção para “se esconder” da volatilidade brasileira.
“A ação [da WEG] oferece qualidades incomparáveis ??que esperamos apoiar seu desempenho superior no curto prazo”, afirmaram os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano, em relatório.
Segundo os analistas, a WEG é o único nome de qualidade exposto a dólar e com caixa líquido do índice Bovespa. “A empresa tem caixa de R$ 4,2 bilhões, 55% do faturamento vindo do exterior (dos quais metade é exportada do Brasil) e um longo histórico de qualidade e resiliência de receitas”, disse o banco.
O preço-alvo do Itaú BBA para as ações da WEG é de R$ 44, com potencial de valorização de 20%, porcentagem “menos empolgante” na avaliação do banco. “Embora não vejamos muito espaço para ficarmos mais entusiasmados, também não vemos muito espaço para perdas relativas por causa da qualidade muito melhor dos ganhos”, disseram os analistas.
WEG superou o Ibovespa nos últimos 10 anos
Segundo o banco, a WEG superou o Ibovespa e outros nomes de alta qualidade em crises financeiras e políticas nos últimos 10 anos. O bom retrospecto faz com que analistas acreditem que desta vez não será diferente. Como exemplo, o banco apontou que, desde novembro, quando se concluiu a eleição para a presidência da República, as ações da companhia caíram 4% contra 10% do índice.
Ainda assim, o BBA entende que o mercado interno está em situação muito melhor do que no passado. Os analistas também disseram perceber as preocupações dos investidores sobre o faturamento doméstico da WEG , já que um PIB abaixo do esperado pode afetar a demanda por motores industriais.
No entanto, o banco aponta alguns fatores que podem mostrar o contrário. Em primeiro lugar, os rendimentos provaram ser mais resilientes do que o esperado durante a crise financeira de 2014-2015. Ainda, o atual “mix” de receitas da WEG é muito menos cíclico do que nas crises passadas.
Um céu nublado não para a geração de energia
Para o BBA, uma potencial desaceleração da economia brasileira não deve afetar as tendências de crescimento de longo prazo da WEG em áreas como geração de energia solar, eólica ou eletrificação.
“Pelo contrário, a equipe de transição dos novos governos têm enfatizado a necessidade de acelerar os esforços para a transição energética e estimular fontes renováveis ??de geração”, finalizaram os analistas.
Por volta das 13h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (16), as ações da WEG (WEGE3) subiam 0,27%, a R$ 37,18.