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WeWork planeja pedir recuperação judicial, diz jornal

Segundo o “Wall Street Journal”, a WeWork pode apresentar um pedido para ingressar no Chapter 11 da justiça americana

A WeWork planeja pedir recuperação judicial na próxima semana, segundo informações divulgadas pelo “Wall Street Journal” na tarde desta terça-feira (31). De acordo com o jornal-norte-americano, a startup pode apresentar seu pedido para ingressar no Chapter 11 da justiça norte-americana em Nova Jersey.

O Chapter 11 nos EUA se refere a uma modalidade que permite a reestruturação das empresas. Com isso, elas podem operar sem ter que pagar em dia as dívidas, algo equivalente à recuperação judicial no Brasil.

A WeWork, que consagrou o modelo de compartilhamento de escritórios no mundo, chegou a alcançar uma avaliação de US$ 47 bilhões em 2019, antes de uma tentativa fracassada de IPO (oferta pública inicial).

A empresa fundada por Adam Neumann alertou em agosto, após o resultado do segundo trimestre, que não tinha certeza sobre se teria condições de continuar a operar, dadas as dificuldades financeiras. De acordo com documentos financeiros públicos, a WeWork tinha 777 unidades em 39 países ao fim de junho, das quais 229 nos EUA.

123 Milhas pede recuperação judicial

Em agosto, a agência de viagens 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial. O requerimento foi feito à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

De acordo com advogados da companhia, o requerimento foi protocolado por conta de fatores “internos e externos”, que “impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”.

123 Milhas também reiterou que usará a recuperação judicial para cumprir obrigações de “forma organizada”.

Em 18 de agosto, a 123 Milhas havia suspendido os pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional, afetando viagens já contratadas da linha “Promo”, com embarques previstos de setembro a dezembro de 2023.

No pedido de recuperação judicial, a empresa alegou que os resultados do pacote “Promo” acabaram não sendo atingidos, pois ela esperava que os clientes adquirissem outros produtos atrelados à viagem, algo que não ocorreu.

“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada”, afirmou o pedido de RJ.