Foi comunicado ao mercado nesta segunda-feira (10), que as grandes operadoras do País, Vivo (VIVT3), Claro e TIM (TIMS3), estão revisando a oferta de pacotes de internet móvel com o uso liberado, sem cobrança de tráfego de dados de certos aplicativos, bem como WhatsApp, Twitter e YouTube.
Nesse sentido, essa estratégia comercial, denominada pelo setor de zero rating, avançou ao longo dos últimos anos, como uma maneira de atrair os clientes apreciadores das redes sociais, bem como, o WhatsApp. Contudo, nos últimos anos, essa estratégia tem se tornado cada vez mais um problema para as operadoras.
Isso porque, em suma, a quantidade de dados que esses aplicativos movimentam deu um salto com a popularização do 4G e com a chegada do 5G isso tende a aumentar. Sendo assim, as operadoras estão buscando maneiras de maximizar o faturamento para fazer frente aos investimentos na capacidade das redes e na atualização das tecnologias.
Revisão da estratégia
Desse modo, enquanto o potencial pagamento pelo uso das redes pelas empresas gigantes de tecnologia, a disputa envolve big techs como Netflix, Google, Meta, Amazon, entre outras, às operadoras de internet móvel e fixa. Essas empresas são as principais geradoras de tráfego de dados.
“Não tenho dúvida que o zero rating foi um erro, um equívoco”, afirmou o presidente da Claro, José Félix, em entrevista recente. Entretanto, essa prática tende a ser revista, segundo o executivo. “Não há nada que não possa ser consertado”.
No entanto, no caso da Claro, isso ainda está longe de acontecer. A companhia oferece o uso ilimitado de WhatsApp, Waze, Instagram, TikTok e Facebook em diferentes planos pré e pós-pagos. Quanto maior o valor do plano, maior a oferta de aplicativos.
A Vivo, por sua vez, afirma que está em um processo gradativo de corte dessa política comercial. Entre as ofertas da operadoras, o WhatsApp é o único aplicativo liberado na grande maioria dos planos pré e pós-pagos. Há poucas exceções que incluem o Waze também.