Xiaomi registra queda histórica na receita no 4T22

As quedas poderão continuar na primeira metade do ano, antes de uma recuperação,diz presidente da Xiaomi

Xiaomi registra queda histórica na receita no 4T22
É a quarta queda seguida e a mais acentuada já registrada / Foto: Freepik

A Xiaomi divulgou os resultados do quarto trimestre de 2022 com um recorde negativo na receita líquida, uma vez que a empresa resistiu a uma desaceleração no consumo e interrupções devido aos efeitos do lockdown na China.

As vendas da Xiaomi no quarto trimestre de 2022 atingiram  66,05 bilhões de iuanes (9,6 bilhões de dólares), uma queda de 22,8% em relação aos  85,58 bilhões de iuanes do ano anterior. Apesar dos números estarem acima do esperado, esta é a quarta queda seguida e a mais acentuada já registrada.

O lucro líquido caiu para  1,46 bilhão de iuanes no período no quarto trimestre de 2022, 67,3% menor que o mesmo período de 2021 que registrou queda para 4,473 bilhões iuanes.

A receita da empresa para 2022 foi de 280,04 bilhões de iuanes, uma queda de 14,7%, enquanto o lucro líquido foi de 8,52 bilhões de iuanes, uma queda de 61,4%.

Xiaomi deve cortar 10% dos empregos em meio a covid-19 na China

A Xiaomi, empresa chinesa do ramo de tecnologia, começou a demitir funcionários de seus negócios de smartphones e serviços de internet em meio a surtos de covid-19 no país, segundo a agência de notícias “Reuters”. 

Os cortes, chamados de “otimização de pessoal e racionalização organizacional” por um porta-voz da empresa, impactam menos de 10% da força de trabalho total. Segundo a fonte, os funcionários afetados foram compensados em conformidade com os regulamentos locais.

Nesta semana, as redes sociais chinesas receberam inúmeras postagens sobre cortes de emprego. Segundo a “Reuters”, a mídia local informou que o corte de empregos afetaria 15% da folha de pagamento da Xiaomi, citando fontes não identificadas.

De acordo com o South China Morning Post, a Xiaomi tinha mais de 35 mil funcionários no final de setembro. Destes, mais de 32 mil na China Continental. A última mudança pode afetar milhares de trabalhadores, muitos que acabaram de entrar na empresa, já que em dezembro do ano passado, a Xiaomi iniciou uma onda de contratações.