Com desvalorização de 65% neste ano, muitos investidores acreditavam que as ações da Magazine Luiza estavam no momento certo para compra, não para os analistas da XP. Em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (24), os especialistas Iago Garcia, Thiago Suedt, Danniela Eiger e Gustavo Senday afirmaram que é necessário ter cautela com o papel.
“Investidores precisam considerar outros fatores antes de comprar as ações de qualquer companhia nesse momento, como apetite a risco, prazo de investimento do investidor, comparação do valuation das companhias comparáveis, entre outros”, destacaram os analistas.
Para eles, embora o setor de varejo tenha derretido nos últimos meses, ainda há pontos que exigem atenção especial. Eles citam quatro fatores:
1.Ainda existe um grande risco para os resultados das companhias, dado que a demanda pode ser mais fraca e a concorrência deve continuar bastante acirrada;
2.Os produtos eletrônicos e de linha branca, que são categorias-chave para o comércio eletrônico, tendem a ser mais cíclicos devido ao tíquete médio mais alto, e a demanda dos consumidores por essas categorias pode ter sido de certa forma antecipada durante a pandemia;
3.Os players listados estão mais expostos às classes mais baixas, que também sofrem mais em um ambiente macroeconômico mais difícil,
4.O cenário competitivo deve permaneça desafiador, o que acaba aumentando a pressão na rentabilidade das companhias;
A recomendação da XP é neutra com preço-alvo de R$ 18 por ação.
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