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XP (XPBR31) atinge 4,5 mi de clientes; entrada de dinheiro novo cai no 4T23

Corretora fechou o ano com R$ 1,1 tri em ativos, um avanço de 19% na comparação com dezembro passado

Em um ano desafiador para as plataformas de investimento independentes, a XP encerrou o ano de 2023 atingindo uma marca significativa, de 4,531 milhões de clientes ativos.

Isso representa um crescimento de 17% em comparação ao final de 2022, porém, em relação a setembro, o aumento foi de apenas 3%. Vale ressaltar que a XP incorporou os clientes da Modalmais no terceiro trimestre, tornando a base de comparação trimestral mais robusta.

A corretora encerrou o ano com R$ 1,1 trilhão em ativos de clientes, representando um aumento de 19% em comparação com dezembro do ano anterior e um crescimento de 4% no último trimestre. Este número engloba tanto a entrada de recursos novos quanto a valorização dos ativos, incluindo a apreciação das ações, durante o período.

Em relação à captação líquida, a XP reduziu o ritmo no quarto trimestre, registrando uma entrada de R$ 19 bilhões.

Um dos desafios da corretora é ampliar a rede de assessores de investimento, que alcançou 14,3 mil em dezembro. Apesar do crescimento anual de 16%, o número de profissionais que apresentam os produtos de investimento aos clientes permaneceu estável no trimestre.

Maffra projeta “explosão gigantesca” de assessores no Brasil

O CEO da XP (XPBR31)Thiago Maffra, projetou um crescimento exponencial no número de assessores de investimento no Brasil nos próximos anos, durante sua participação no Smart Summit, nesta quinta-feira (25).

Nos Estados Unidos, são 300 mil assessores de investimentos e no Brasil são 20 mil. E enquanto no mercado americano, somente 5% dos investimentos estão nas mãos dos grandes bancos, no Brasil esse percentual é de mais de 80%.

Nos EUA, a profissão é a quinta mais desejada, enquanto no Brasil muita gente ainda não sabe do que se trata o trabalho de um assessor de investimento, continuou Maffra. “Vai haver uma explosão gigantesca da profissão no Brasil”, afirmou.

Para Maffra, é um grande erro achar que a tecnologia vai substituir o humano. Na sua visão, potencial não está relacionado a QI, mas a curiosidade, capacidade de escutar, estudar e se desenvolver.

“O principal fator que determina o potencial de uma pessoa é sua curiosidade. Se ela sabe escutar, se estuda e corre atrás para se desenvolver, ela se reinventa. O profissional do futuro precisa ter curiosidade e estar aberto, porque os modelos de negócios vão ser diferentes”, afirmou Maffra.

O executivo acredita no equilíbrio da tecnologia com o humano. A tecnologia, segundo Maffra, pode liberar o tempo do assessor em atividades processuais, mas nada substitui o relacionamento com o cliente.

Com relação aos líderes, Maffra ressalta a importância de estar aberto às mudanças. “Não adianta lutar contra as mudanças. É preciso estar aberto para o futuro”, diz.

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