Este ano não está sendo nada fácil para o Ibovespa (IBOV), e a XP não espera nada muito diferente para 2022. A corretora projeta o principal índice da Bolsa no país em 123 mil pontos para o ano que vem.
Considerando a forte alta das taxas de juros locais, que continua pressionando o valor justo da Bolsa, o Brasil parece estar caminhando rapidamente para o velho equilíbrio macro: mais gastos, inflação mais alta e taxas de juros mais altas.
“O cenário fiscal interno se deteriorou ainda mais, com sinais claros de que o teto de gastos – principal âncora do Brasil para o controle de gastos – está tendo flexibilidade, o que fez o mercado reagir de forma bastante negativa”, afirmam os analistas.
Para a XP, o Ibovespa continua barato, já que “ao retirar as duas maiores empresas de commodities do índice Ibovespa, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), vemos que a relação P/L continua abaixo de sua avaliação histórica em 11,1x”.
Contudo, ao remover o restante de todas as empresas vinculadas a commodities, a relação P/L do índice sobe para 12.3x. “Ou seja, o Ibovespa como um todo é barato, mas quando tiramos commodities não parece tão barato”, completam.
Diante desse cenário mais adverso, para os que desejam investir no próximo ano, é relembrado que as commodities continuam sendo um bom hedge de inflação e dólar. É importante também saber sobre a história do crescimento secular dos papéis e estar atento para as oportunidades específicas, como alguns nomes de qualidade que sofreram forte correção recentemente.