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XP: economistas analisam perspectivas para reunião do Copom

Economistas da XP acreditam que, não há justificativas para alterações no atual plano de retirada gradual da restrição de política monetária

Os economistas da XP Investimentos, Caio Megale, Rodolfo Margato e Alexandre Maluf, conduziram uma análise detalhada dos principais pontos a serem observados enquanto aguardamos a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Destacando elementos cruciais, a equipe XP apresenta suas projeções e avaliações sobre o cenário econômico.

Desde a última reunião do Copom, o fluxo de notícias revelou uma equação equilibrada em relação às perspectivas de inflação. Entre os fatores positivos, os economistas destacaram a diminuição nos preços das commodities, a relativa estabilidade da taxa de câmbio e a tendência benigna das medidas de núcleo da inflação. Por outro lado, há preocupações relacionadas às crescentes tensões geopolíticas e à aceleração dos salários reais no mercado de trabalho doméstico.

Os economistas da XP acreditam que, na avaliação dos membros do Copom, não há justificativas para alterações no atual plano de retirada gradual da restrição de política monetária.

A estimativa é de que o Banco Central (BC) reduza ligeiramente a projeção para o IPCA de 2024, passando de 3,5% para 3,4%, devido à expectativa menor para a inflação de bens administrados. Já a projeção para o IPCA de 2025 permanece em 3,2%.

A expectativa é de que o Copom mantenha a orientação de que “os membros do Comitê antecipam, por unanimidade, novas reduções da mesma magnitude nas próximas reuniões”, avaliam os especialistas. A Investimentos continua projetando que a taxa Selic atingirá 9,00% no terceiro trimestre deste ano.

Variáveis do Copom

Desde a última reunião do Copom, os economistas observaram sinais mistos na abertura do IPCA. Bens industrializados apresentam tendência de queda, enquanto bens administrados ficaram abaixo das expectativas na margem. Por outro lado, medidas de serviços subjacentes superaram as expectativas, e alimentos continuam pressionados no curto prazo.

As variáveis do modelo do Copom tiveram alterações moderadas. As expectativas para a inflação de 2024 recuaram um pouco, enquanto a previsão para a taxa Selic cedeu de 9,25% para 9,00% no final deste ano.

A XP calcula um impacto líquido de -0,1 ponto percentual sobre o IPCA de 2024, reduzindo a projeção de 3,5% para 3,4%. Destaque para a expectativa de menor inflação de bens administrados em 2024, de 4,5% para 4,0%.

 A estimativa para o IPCA de 2025 permanece em 3,2%, com a previsão de redução na inflação de bens administrados de 3,6% para 3,5%.

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